A balança comercial brasileira apresentou déficit (exportações menores que importações) de US$ 240 milhões na segunda semana de julho, após iniciar o mês com superávit de US$ 1,289 bilhão. O resultado semanal resulta de US$ 4,869 bilhões em exportações e US$ 5,109 bilhões em importações. Com o saldo negativo, o déficit acumulado no ano cresceu de US$ 1,2 bilhão para US$ 1,4 bilhão. No mês, o resultado está positivo em US$ 1,049 bilhão. Os dados foram divulgados hoje (14) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
O déficit semanal ocorreu devido à queda nas vendas externas e ao crescimento das compras do Brasil no exterior. A média diária exportada, que corresponde ao valor negociado por dia útil, ficou em US$ 973,8 milhões na segunda semana de julho, caindo 8% em relação à primeira semana do mês. Do lado das importações, a média diária ficou em US$ 1,022 bilhão, subindo 38,8% sobre igual período comparativo.
Os responsáveis pela diminuição das exportações foram os itens semimanufaturados e manufaturados, com recuo de 26,7% e 16,6%, respectivamente. Nos semimanufaturados, caíram as vendas de ferro e aço, açúcar bruto e couros e peles. Já no caso dos industrializados, diminuiu o comércio de motores e geradores, hidrocarbonetos, açúcar refinado, aviões e laminados planos. No caso dos itens básicos, as vendas externas ficaram praticamente estáveis, com avanços em petróleo bruto, fumo em folhas e carne de frango e suína.
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Do lado das importações, a alta nas aquisições brasileiras pode ser explicada principalmente pelo aumento nos gastos com combustíveis e lubrificantes, equipamentos mecânicos, adubos e fertilizantes, plásticos, instrumentos de ótica e precisão e farmacêuticos.