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Greve nos bancos

Bancários de Curitiba também voltam ao trabalho

Maigue Gueths - Redação Bonde
17 out 2011 às 10:41

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Reunidos em assembleia na tarde de domingo (16), cerca de 1,3 mil bancários de Curitiba e Reguião decidiram aceitar a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban), acabando, assim, com uma greve de 20 dias, completada no domingo. Com isso, os bancos da Capital e Região Metropolitana reabrem as portas na segunda-feira (17). A maioria dos outros sindicatos de bancários do Paraná tem assembleias marcadas para segunda-feira de manhã. Caso decidam pela aceitação da proposta, eles também devem retormar o trabalho neste mesmo dia.

Depois de negociações com a Fenaban e com as diretorias do Banco do Brasil e da Caixa, realizadas nos dias 13 e 14, a orientação do Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), é para que a categoria aceite as três propostas apresentadas e encerre a paralisação. Em âmbito nacional, a maior parte dos bancos só deve reabrir na terça-feira (18), já que muitos sindicatos, entre eles alguns dos maiores, como São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Brasilia, só vão realizar suas assembleias no final da tarde de segunda-feira.

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Na avaliação do Comando Nacional dos Bancários, a proposta apresentada atende às principais reivindicações dos bancários: aumento real de salário pelo oitavo ano consecutivo, valorização do piso, distribuição de um valor maior de PLR e avanços nas cláusulas de segurança e saúde do trabalhador.

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"A proposta traz avanços importantes e é uma conquista da greve nacional da categoria, a mais forte em duas décadas, que mobilizou trabalhadores de bancos públicos e privados por 17 dias, chegando a paralisar 9.254 agências em todo o país e forçou os bancos a mudarem de posição", afirma Carlos Cordeiro, presidente da Contraf-CUT e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.

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A proposta aceita prevê reajuste salarial de 9%, sendo 1,5% de aumento real, valorização do piso da categoria em 12%, passando para R$ 1.400 (aumento real de 4,3%) e melhorias na Participação nos Lucros e Resultados (PLR), com elevação da parcela fixa da regra básica para R$ 1.400 (reajuste de 27,2%) e do teto da parcela adicional para R$ 2.800 (reajuste de 16,7%).


A proposta dos bancos inclui também avanços nas condições de saúde, segurança e trabalho. "Conquistamos uma cláusula que proíbe a divulgação de rankings individuais dos funcionários, como forma de frear a cobrança das metas abusivas, combatendo o assédio moral", destaca Cordeiro. A proposta inclui, ainda, cláusula que coíbe o transporte de numerário por bancários


Também ficou acertado que os dias parados não serão descontados, mas sim compensados em até duas horas por dia, de segunda a sexta-feira, até o dia 15 de dezembro e, assim como nos anos anteriores, eventual saldo após esse período será anistiado.

As propostas específicas do BB e da Caixa também apresentam melhorias para os bancários, envolvendo questões de carreira e condições de trabalho, dentre outras. Entre os principais avanços, destacam-se a PLR social e a contratação de 5 mil empregados na Caixa e a valorização do plano de cargos e salários no BB


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