Os bancários de todo o Brasil entraram em greve por tempo indeterminado na manhã desta terça-feira (18), após rejeitarem a proposta de 6% de reajuste apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Em Curitiba e Região Metropolitana, segundo o sindicato da categoria, mais de 12.500 trabalhdores, dos 17.907 da base da entidade, estão de braços cruzados, o que corresponde a 69,8%. Das 380 agências da capital, 212 não abiram nesta terça. Os 13 centros administrativos, responsáveis por processos internos, sem atendimento ao público, também estão fechados.
O número supera o registrado no primeiro dia da paralisação de 2011, quando 114 agências não abriram. No Paraná, 1,5 mil bancos podem ser afetados durante a paralisação.
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Segundo o secretário-geral do sindicato, Antônio Luiz Firmino, o movimento tem se mostrado forte. "Temos diretores mobilizando os bancários com o convencimento dos colegas que não participaram das assembleias, para que haja adesão, mas sem nenhum tipo de pressão ou coesão. Há muitos anos não usamos nenhuma forma extrema de convencimento", disse.
As operações nos caixas eletrônicos permanecem normais, assim como a compensação de cheques no sistema bancário.
Contas – O Procon-PR afirma que nenhum prejuízo por conta da paralisação pode ser imposto ao consumidor. No entanto, o órgão lembra que algumas transações, como pagamentos de contas, podem ser feitas pela Internet, em lotéricas, farmácias ou mercados.
Reivindicações - Os banqueiros oferecem reajuste linear para salários, pisos e benefícios de 6%. Os trabalhadores, no entanto, reivindicam aumento de 10,25%, participação nos lucros de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, plano de cargos e salários, cumprimento da jornada legal de seis horas para todos e fim das terceirizações e dos correspondentes bancários.
Eles também pedem que haja garantia de emprego e mais contratações, igualdade de oportunidades, combate ao assédio moral e sexual e mais segurança nas agências, tanto para funcionários como para clientes.