Em nota divulgada na noite desta sexta-feira (4), a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) indicou a rejeição da proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e a manutenção da greve, que completa 17 dias neste sábado. A nota informa que o Comando Nacional dos Bancários, coordenado pela Contraf-CUT, orientou os sindicatos do país a rejeitar a proposta em assembleias.
A proposta apresentada pela Fenaban propunha reajuste de 7,1% (0,97% de aumento real); piso de R$ 1.632,93, que significa reajuste de 7,5% (ganho real de 1,34%); reajuste de 10% da PLR básica (parte fixa), que passaria para R$ 1.694,00 (limitado a R$ 9.011,76) e 10% para a PLR adicional (limitado a R$ 3.388,00).
De acordo com Carlos Cordeiro, presidente da Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários, os bancos podem fazer propostas mais vantajosas aos seus funcionários. "Até setores da economia muito menos lucrativos estão fazendo acordos com seus trabalhadores com reajustes salariais maiores. Os bancários estão fazendo a maior greve dos últimos 20 anos e os bancos têm condições de melhorar a proposta".
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Os bancários pedem índice de 11,93% (aumento real de 5%), piso salarial de R$ 2.860,21 e PLR de três salários base, mais parcela adicional fixa de R$ 5.553,15. Além disso, eles pedem a valorização dos vales refeição e alimentação (no valor de um salário mínimo, R$ 678,00) e melhores condições de trabalho, com o fim das metas individuais e abusivas.