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Desvalorização imobiliária

Banco Central descarta 'bolha' após queda de imóveis

Agência Brasil
03 abr 2013 às 14:56

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- Reprodução
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A variação anual real dos valores de imóveis residenciais chegou a cerca de 20% em janeiro de 2010, e foi caindo até chegar a 3%, no mesmo mês, este ano. É o que mostra o Índice de Valores de Garantia de Imóveis Residenciais Financiados (IVG-R), divulgado nesta quarta-feira (3) pelo Banco Central (BC), no Relatório de Estabilidade Financeira.

Segundo o diretor de Fiscalização do BC, Anthero Meirelles, o indicador ajudar a analisar se a evolução dos preços dos imóveis é sustentável. De acordo com o diretor, apesar de a variação dos preços ter chegado ao pico de 20%, não houve bolha nos valores dos imóveis.

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"Quando é bolha, [o preço] sobe e estoura, ou seja, aquilo que vinha crescendo de forma muito radical, de repente, perde valor. Isso não aconteceu. Não houve bolha. Houve reequilíbrio no padrão de oferta e demanda", disse o diretor. Ele acrescentou que, atualmente, não há nenhuma pressão que possa sugerir risco para o sistema financeiro. "Agora está crescendo em patamar totalmente sustentável", acrescentou Meirelles.

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Segundo o diretor, com o aumento da renda e do emprego, mais pessoas têm acesso ao financiamento imobiliário. Além disso, houve redução das taxas de juros. Outro fator citado pelo diretor foi a legislação que permitiu a alienação fiduciária, que mantém a propriedade do imóvel com o banco até o momento da quitação. Com isso, houve melhor garantia nos financiamentos, o que os tornou mais baratos e mais seguros.


O IVG-R é calculado com dados de operações de financiamento imobiliário para pessoas físicas, em que a garantia é composta de alienação fiduciária de imóveis residenciais ou hipoteca imobiliária. De acordo com o BC, o valor de avaliação de cada imóvel pelo banco no momento da concessão do crédito é a fonte primária de informação para construção do indicador.

O cálculo do IVG-R considera apenas as avaliações de imóveis localizados nas 11 regiões metropolitanas que integram a mensuração do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA): Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.


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