O Banco do Brasil quer aumentar sua base de clientes que aplica em ações. Hoje, o banco lançou seu novo home broker e um simulador de investimentos em renda variável. "Queremos reduzir o medo que as pessoas ainda têm de aplicar na bolsa e trazer um público novo para este mercado", disse o diretor de mercado de capitais e investimento do BB, José Maurício Pereira Coelho.
O BB tem 600 mil pessoas cadastradas no home broker, das quais 250 mil tem ações e 50 mil operam mensalmente comprando e vendendo papéis. De janeiro a novembro foram feitas 801 mil transações pelo sistema, movimentando um volume de R$ 17,9 bilhões. O executivo reconhece que esses números são muito pequenos perto dos milhões de clientes pessoas físicas que o banco tem, por isso as ações para trazer novos investidores.
No home broker, a página foi redesenhada para ficar mais acessível e será possível ter todas as informações de negociações em uma mesma tela. A nova plataforma permite também a negociação por meio de tablets.
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Apesar do ano ruim para a bolsa, marcado por alta volatilidade dos papéis em meio à crise na Europa, Pereira destaca que houve crescimento de 10% nas pessoas físicas do banco quem investem em ações. Para 2012, o executivo espera um ano menos volátil para o mercado acionário.
Banco vê recuperação no mercado de ações
Depois de um ano marcado por forte volatilidade no mercado acionário, 2012 promete ser um ano de recuperação para a bolsa, avalia o diretor de mercado do Banco do Brasil. O executivo prevê o aparecimento de uma janela de oportunidades e, com isso, a retomada de aberturas de capital que estão represados desde meados de 2011.
Para ele, a redução da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), de 2% para zero, é um primeiro passo para atrair investidores estrangeiros para a bolsa, responsáveis por comprar a maior parte dos papéis em aberturas de capital. Números da BM&FBovespa indicam que há entre 40 e 45 empresas interessadas em abrir capital e que ainda não o fizeram por conta das condições ruins de mercado.
O executivo do BB avalia que o mercado ainda deve continuar volátil em 2012, mas em ritmo menor que neste ano, quando os preços oscilaram muito por conta da piora da crise na Europa.