No primeiro dia da greve dos bancários em Curitiba, o HSBC usou helicópteros para transportar seus funcionários. Na manhã desta terça-feira (17), aeronaves partiam do Parque Barigui com destino a um dos 13 centros administrativos da capital, localizado no bairro Xaxim. Essa é a única maneira de entrar no local, que está fechado devido à mobilização.
O Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, porém, afirma que o centro não realiza atendimento ao público e que, por isso, a prática é injustificável. Segundo o secretário-geral da entidade, Antônio Luiz Firmino, essa é uma forma do banco usar a sua estrutura para coagir os funcionários. "Os banqueiros pegam funcionários de outros locais e levam até lá. Com isso, o banco não permite que a gente faça o convencimento dos trabalhadores. É uma prática antissindical, porque o órgão máximo de deliberação da categoria é a assembleia, e a assembleia decidiu pela paralisação", afirmou.
Ele diz que um dos maiores problemas hoje enfrentados pela categoria é justamente a pressão, que pode se configurar como assédio moral. "O gerente diz que se o funcionário não for trabalhar será demitido. Por isso as condições de trabalho são mais importantes até do que a questão do reajuste", completou.
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Greve - A greve da categoria começou hoje e não tem data para terminar. No total, 1,5 mil agências podem ser afetadas no Paraná, sendo 380 somente na capital. Os trabalhadores pedem reajuste de 10,25% (reposição da inflação mais 5% de aumento real) nos salários e nas demais verbas e benefícios, participação nos lucros de três salários mais R$ 4.961,25 fixos, além de melhores condições de trabalho.