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Crise

Bancos espanhóis receberão socorro de 100 bilhões de euro

BBC Brasil
09 jun 2012 às 17:28

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A Espanha deve receber até 100 bilhões de euros em empréstimos de fundos da eurozona para socorrer seus bancos em dificuldades.

A ajuda foi negociada em uma reunião de emergência dos ministros das finanças da zona do euro após uma conferência realizada neste sábado.

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O ministro da economia espanhol Luis de Guindos disse que seu país deve fazer em breve um pedido formal de assistência.

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Ele enfatizou que a ajuda deve ser usada para socorrer apenas o sistema financeiro, e não a economia como um todo.

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O governo espanhol vinha relutando em pedir um pacote de resgate como o oferecido à Grécia, à Irlanda e a Portugal porque esse tipo de ajuda exige elevação de impostos e cortes de gastos.


Guindos afirmou que os empréstimos devem ser concedidos aos bancos mediantes condições, tais como reestruturações. Porém, "condições-micro econômicas", não devem ser impostas à Espanha. Ou seja, a sociedade não deve ser diretamente afetada.

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"Esperamos que como resultado dessas injeções (de capital) famílias e empresas terão bancos mais solventes e capazes de oferecer crédito, o que eles não são capazes de fazer atualmente", disse Guindos.


Fundos

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O grupo europeu de ministros das finanças elogiou a decisão da Espanha, a quarta maior economia europeia, de pedir ajuda.


A Espanha fez questão de assegurar que qualquer assistência será enviada diretamente aos seus bancos, e não ao governo central.

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Por causa disso, todos os empréstimos serão enviados para o Fundo de Reestruturação Ordenada bancária (FROB), a agência de reestruturação bancária do país. Mas, ainda assim serão considerados uma dívida de de Estado, segundo Guindos.


O Eurogrupo de ministros afirmou considerar que "o Fundo para Reestruturação Ordenada Bancária (FROB), agindo como um agente do governo espanhol pode receber os fundos e canalizá-los para as instituições financeiras adequadas. O governo da Espanha terá total responsabilidade pela assistência financeira".

Não foi decidido de onde virão exatamente os recursos para os empréstimos. Guindos sugeriu que eles sejam retirados de fundos de socorro europeus, como o EFSF (Fundo Europeu de Estabilidade Financeira) e o ESM (Mecanismo Europeu de Estabilidade).


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