O chefe-adjunto do Departamento Econômico do Banco Central, Túlio Maciel, comemorou o resultado das contas externas no mês passado. Com o forte o ingresso de Investimento Estrangeiro Direto (IED) e números positivos no fluxo para aplicações financeiras como ações e renda fixa, o técnico afirmou que o perfil do financiamento externo melhorou. "O financiamento está mais confortável do que tínhamos anteriormente", afirmou durante entrevista à imprensa no final da manhã.
Maciel dá como exemplo o ingresso de quase US$ 7 bilhões em investimento produtivo no mês passado, valor bastante superior aos US$ 5 bilhões esperados pelo próprio BC. "O número maior reflete o momento favorável da economia com a entrada mais investimentos produtivos", cita Maciel.
Além da entrada de IED, o chefe-adjunto ressalta que há bom fluxo de capitais para o Brasil mesmo após a gigantesca operação de aumento de capital da Petrobras, o que atraiu bilhões ao País no fim de setembro e início de outubro. "Tanto pelo lado das transações correntes, como no fluxo financeiro de capitais, o cenário é bastante positivo", afirma.
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Até mesmo para comentar o crescente déficit em transações correntes, Maciel prefere olhar pelos aspectos positivos. "Há maior poder de compra dos consumidores brasileiros, o que aumenta a procura por serviços como viagens internacionais. Nas empresas, há maior demanda por bens de capital, insumos e serviços relacionados ao investimento, o que é resultado do maior dinamismo da produção brasileira", disse.