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Combate à inflação

BC esfria apostas em aumento maior do juro

Agência Estado
10 mar 2011 às 11:23

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O Banco Central reiterou nesta quinta-feira (10) o uso de medidas macroprudenciais juntamente com a política monetária para combater a inflação, esfriando expectativas no mercado por um aumento mais forte do juro.

Na ata de sua última reunião, o Comitê de Política Monetária (Copom) reconhece que a inflação acumulada em 12 meses só deve começar a arrefecer a partir do quarto trimestre, "deslocando-se na direção da trajetória de metas", e que há "riscos elevados" para a convergência dos preços.

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O Copom, no entanto, destacou que as "ações macroprudenciais recentemente implementadas --um instrumento rápido e potente para conter pressões localizadas de demanda--, e ações convencionais de política monetária ainda terão seus efeitos incorporados à dinâmica dos preços".

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Além disso, em um cenário alternativo em que a inflação fique acima da meta em 2011 e a atividade econômica se desacelere, a "eventual introdução de ações macroprudenciais pode ensejar oportunidades para que a estratégia de política monetária seja reavaliada".

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"O BC ainda está apostando alto no efeito das medidas macroprudenciais, afirmando que um efeito maior ainda está por vir, o que tornaria desnecessário um aumento muito maior da Selic", disse Homero Guizzo, economista da LCA Consultores.


Na reunião, o BC elevou a Selic em 0,5 ponto percentual, a 11,75 por cento, com um comunicado lacônico que não fez menção a medidas macroprudenciais ou à trajetória futura do juro. Foi o segundo aumento seguido da Selic.

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Os contratos de juros futuros de prazo mais curto caíam após a divulgação do documento, com o DI janeiro de 2012 a 12,41 por cento, ante 12,55 por cento no ajuste da quarta-feira. O DI janeiro de 2013 recuava a 12,75 por cento, ante 12,84 por cento na véspera.


Pesquisa da Reuters realizada um dia antes da reunião do Copom mostrou que algumas instituições começavam a cogitar um aumento mais intenso do juro para enfrentar a crescente expectativa de inflação.

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A mediana das projeções de analistas consultados pelo BC para o relatório Focus é de que o juro acabe o ano a 12,50 por cento, implicando uma alta de mais 0,75 ponto na Selic em 2011.


Em dezembro, antes de iniciar o atual ciclo de alta da Selic, o BC elevou o depósito compulsório dos bancos e aplicou medidas para desacelerar o crédito a pessoas físicas. Em janeiro, o crédito total disponibilizado pelo sistema financeiro cresceu abaixo do ritmo da economia, em um sinal de que as medidas macroprudenciais já surtiam efeito, na avaliação do BC.

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Além das medidas macroprudenciais, o BC mencionou outros dois fatores que complicam a tese de um aperto mais intenso dos juros, afirmou André Perfeito, economista-chefe da Gradual Investimentos: o ajuste fiscal anunciado pelo governo e a evolução da política monetária nos últimos anos, com maior "poder", nas palavras do Copom.


"Eles estão argumentando fortemente que a política monetária do Brasil está num outro patamar de eficiência", disse o economista da Gradual.

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Sobre a contenção de gastos do governo, o Copom afirmou que "importantes decisões foram tomadas e executadas" e que "teve início um processo de consolidação fiscal". No mês passado, o governo anunciou os planos para a redução de cerca de 50 bilhões de reais nos gastos previstos no Orçamento de 2011.


O BC alertou, no entanto, que "o cenário central para a inflação leva em conta a materialização das trajetórias com as quais trabalha para as variáveis fiscais".


Apesar do destaque a instrumentos alternativos para o combate à inflação, o Copom repetiu o trecho em que "reafirma sua visão de que cabe especificamente à política monetária manter-se especialmente vigilante para garantir que pressões detectadas em horizontes mais curtos não se propaguem para horizontes mais longos."

O cenário internacional mostrou maior volatilidade e aversão a risco desde a reunião anterior, acrescentou o BC, que destacou a alta do petróleo para mais de 100 dólares por barril. O Copom, entretanto, afirmou que trabalha com cenário de estabilidade para a gasolina no país ao longo de 2011.


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