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Controle da inflação

BC indica aumento da taxa de juros no curto prazo

Agência Brasil
22 dez 2010 às 10:42

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As projeções para a inflação no próximo ano desviadas da meta sugerem necessidade de aumento da taxa básica de juros, a Selic, no curto prazo, avalia o Banco Central (BC), no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (22).

Segundo a projeção do BC, em 2011, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve ficar em 5%, acima do centro da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Essa meta tem ainda margem de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

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Na projeção do cenário de mercado, feita com base em perspectivas dos analistas do mercado financeiro, a inflação oficial ficará em 4,8%, no próximo ano.

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De acordo com o relatório, as duas projeções para a inflação no próximo ano incorporam efeitos estimados da elevação dos depósitos compulsórios (recursos que os bancos são obrigados a deixar no BC) e da perspectiva de redução dos gastos públicos (esforço fiscal). Quando o BC eleva os depósitos compulsórios, reduz-se a capacidade dos bancos emprestarem dinheiro. Assim há efeitos no consumo e por consequência na inflação.

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Mesmo com essas medidas, avalia o BC, os valores projetados ficam acima da meta de inflação. Por isso, há necessidade de aumentar a taxa básica de juros para "conter o descompasso entre o ritmo de expansão da demanda doméstica e a capacidade produtiva da economia, bem como de reforçar a ancoragem das expectativas de inflação".


"Importante destacar que, no regime de metas para a inflação, desvios em relação à meta, na magnitude dos implícitos nessas projeções, sugerem necessidade de implementação, no curto prazo, de ajuste na taxa básica de juros", diz o relatório.

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A Selic é um instrumento para controlar a inflação. Quando a economia está aquecida, os consumidores têm dinheiro para gastar. Assim, a procura por bens e serviços aumenta e há dificuldade da indústria, do comércio e do setor de serviços de suprir esse consumidor na mesma proporção do aumento da demanda. Com isso, a tendência é de que preços aumentem, o que significa inflação. O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, então, eleva os juros para estimular a poupança e conter a expansão excessiva da demanda.


O comitê também pode não mexer nos juros básicos quando acredita que o patamar da taxa é suficiente para gerar equilíbrio entre o que se produz, o que se compra e os preços. Ou ainda reduzir a taxa Selic se o objetivo for aquecer o mercado consumidor e estimular a atividade econômica.

Os sinais analisados na hora de definir a Selic são os dados sobre a expansão da economia, a situação externa e os índices de inflação. Todo ano, o BC tem que perseguir uma meta de inflação, medida pelo IPCA.


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