Seguindo sua nova política operacional, mais restritiva para reduzir a necessidade de funding com taxas de juros subsidiadas, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) financiará só 50% dos investimentos dos projetos do próximo leilão de transmissão de energia, marcado para esta sexta-feira, 9. Pelas regras anteriores, o limite máximo de financiamento nesses casos era de 70%.
As condições de crédito específicas para o leilão, divulgadas hoje em nota enviada pelo banco de fomento, dão "continuidade à política de financiamento à infraestrutura em conjunto com a emissão das debêntures".
O mecanismo de incentivo às emissões de debêntures de infraestrutura, títulos de dívida isentos de impostos para o investidor, foi introduzido no início do ano passado. Por ele, o cliente do BNDES que aceitar emitir os papéis poderá trocar o sistema de amortização da dívida com o banco de fomente de SAC para a tabela Price.
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O segundo sistema é mais vantajoso para o empreendedor porque exige menos pagamentos da dívida no início do prazo de amortização. Como os projetos de infraestrutura exigem investimentos pesados no início e demoram a gerar receitas, há vantagem financeira em pagar mais pelo serviço da dívida quando o empreendimento estiver gerando fluxo de caixa.
O custo financeiro do empréstimo para os projetos de transmissão vencedores do próximo leilão será TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo, hoje em 5,5% ao ano) mais 1,2% de remuneração básica do BNDES e até 2,87% de remuneração de risco, conforme o perfil de crédito de cada cliente.