O ministro das Comunicações, Hélio Costa, admitiu hoje que o projeto de criação do Bolsa-Celular pode ser atrasado para depois das eleições de 2010 caso fique evidente uma implicação eleitoral na proposta que prevê a distribuição gratuita de telefones celulares pré-pagos para os 11 milhões de beneficiários do programa Bolsa-Família.
Porém, Costa disse que precisa ser convencido do suposto caráter eleitoreiro do projeto, que deverá ser apresentado oficialmente ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima semana.
"Como sempre, qualquer coisa que você vai fazer para pobre tem essa dificuldade dos ricos. Essa é que é a verdade", reclamou o ministro, após participar da cerimônia de anúncio do aumento de potência da rádio UFMG Educativa, no campus da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte.
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"Atender as pessoas mais carentes, as pessoas mais pobres tem alguma função eleitoral? Agora, se tiver alguém vai ter que me mostrar isso, e nós, evidentemente, vamos atrasar o projeto até depois das eleições."