As Bolsas de Nova York abriram em baixa hoje, refletindo o desapontamento dos investidores com uma inesperada retração nas vendas no varejo dos Estados Unidos em março, que caíram 1,1% em relação a fevereiro.
Separadamente, o Departamento do Trabalho norte-americano informou forte queda nos preços ao produtor no mês passado, de 1,2% ante fevereiro. Os investidores devem ficar agora de olho no discurso do presidente dos EUA, Barack Obama, sobre as condições da economia, previsto para às 12h30 (de Brasília).
Às 10h35 (de Brasília), o índice Dow Jones cedia 1,10%, o Nasdaq 100 recuava 1,11% e o S&P 500 caía 1,15%.
O lucro superior ao previsto, anunciado antecipadamente ontem pelo banco Goldman Sachs, após o fechamento do pregão regular em Nova York, não impressionou os investidores. No pré-mercado em Wall Street, os papéis do banco caíram 3,2%, enquanto as ações de seus concorrentes, como Citigroup e Bank of America (BofA) subiram 11% e 1,6%, respectivamente. O Goldman Sachs anunciou lucro líquido de US$ 1,81 bilhão e deu início a uma oferta pública de US$ 5 bilhões em ações ordinárias (ON).
O resultado ficou acima do esperado pelos analistas, mas operadoras observaram que, embora o lucro tenha sido positivo, o plano de oferta de ações ON irá diluir o valor dos papéis dos atuais acionistas.
Fora do setor financeiro, a fabricante de produtos de higiene pessoal e uso hospitalar Johnson & Johnson registrou baixa de 2,5% em seu lucro líquido do primeiro trimestre deste ano para US$ 3,51 bilhões, mas reafirmou suas projeções para o ano. As ações da empresa subiram mais de 1% no pré-mercado em Nova York.
Após o fechamento dos negócios hoje, estão previstos os balanços da Intel. Estrategistas do JPMorgan na Europa disseram que o mercado de modo geral deverá permanecer sob pressão no curto prazo, até que a atual temporada de balanços ofereça um quadro mais claro sobre a condição das empresas.
O mercado tem partilhado de um sentimento mais otimista em relação as perspectivas de longo prazo, apostando no mecanismo de transmissão das decisões de política monetária, nos sinais de estabilização dos indicadores econômicos e no valor atraente das ações em relação aos títulos do Tesouro. As informações são da Dow Jones.