O gás de cozinha está 13% mais caro para o consumidor final a partir desta semana. O reajuste foi provocado pelo dissídio coletivo dos trabalhadores nas distribuidoras e revendas de GLP que têm data-base em 1º de setembro. Com isso, o preço médio do botijão de 13 Kg deve passar de R$ 35 para R$ 40 no Paraná.
O presidente do Sindicato das Revendedoras de Gás do Paraná (Sinregás), José Luiz Rocha, disse que o produto pode chegar, em alguns casos, a até R$ 43. A previsão é que o cilindro de 45 Kg passe de R$ 150 para R$ 170 com o aumento.
Segundo ele, dependendo do estoque da revenda ainda é possível encontrar produto com preço antigo. ''O consumidor precisa pesquisar preços'', recomendou. O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás (Sindigás), informou que o dissídio não tem relação com o aumento do gás porque a negociação salarial ainda está em curso. A entidade esclareceu que o reajuste está mais ligado a elevação do aço e do custo do transporte.
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No entanto, Rocha explicou que o dissídio reflete aumento no preço do produto porque o reajuste nos salários é retroativo a 1º de setembro. ''Mesmo que a negociação feche na metade de setembro, já estamos pagando salário novo para os trabalhadores'', disse. A categoria reivindica entre 10% e 12% de reajuste nos salários.
De acordo com o último levantamento semanal de preços realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), até 5 de setembro, o preço médio do botijão de 13 quilos era de R$ 35 no Paraná, mas variava de R$ 30 a R$ 44, dependendo da revenda. Em Curitiba, o preço médio do produto era de R$ 34 na semana de 30 de agosto a 5 de setembro com variação de R$ 30 a R$ 38. Em Londrina, o botijão era vendido por um preço médio de R$ 36,54, mas podia ser encontrado de R$ 35 a R$ 44,00. O último reajuste do produto aconteceu em março, ficou entre 8% e 10% e foi resultado de repasse de custos.
Recadastramento
No dia 18 de agosto terminou o prazo para as revendas de gás realizarem o recadastramento junto à ANP. Dados extra-oficiais apontam que 2,2 mil revendas passaram pelo processo no Paraná. A estimativa é chegar a 3,5 mil estabelecimentos. No entanto, constavam no Estado cerca de 9 mil empresas na área. Isso mostra que grande parte delas pode ser clandestina e operar ilegalmente.
O revendedor que não fez o recadastramento não pode operar e se estiver de portas abertas está sujeito a autuação, interdição e multa que pode variar de R$ 5 mil a R$ 50 milhões, depende do caso. Atualmente são vendidos 2 milhões de botijões de gás de 13 Kg por mês e 30 milhões no Brasil. Rocha alerta aos consumidores que peçam nota fiscal na hora da compra.
Em outubro, será realizada uma operação que vai envolver as revendas e as distribuidoras em Londrina para combater a venda clandestina. Hoje, Londrina conta com 112 revendas regulares. Segundo ele, o número de clandestinos é muito grande, mas não soube estimar o tamanho deste mercado.