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Defende ministro

Brasil deve ser mais rígido contra dumping

Agência Brasil
30 ago 2010 às 12:37

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O ministro da Fazenda, Guido Mantega, defendeu hoje (30) que o Brasil, a exemplo de outros países, deve endurecer o combate ao dumping (concessão de subsídios a produtos que podem assim ser exportados por preços abaixo do custo de produção).

"Temos que defender o livre comércio, que é muito importante, mas não podemos fazer papel de bobo", disse o ministro ao comentar a iniciativa dos Estados Unidos, cujo governo, na última quinta-feira (27), anunciou uma proposta para endurecer a legislação antidumping, com a possibilidade de impor sobretaxas a produtos oriundos de outros países.

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"Não queremos cair no protecionismo, mas não vamos ficar assistindo a países que praticam dumping ocupando nosso mercado", afirmou Mantega. "Todo mundo está atrás de um saldo comercial. Portanto, a guerra está mais acirrada. Temos que ter cuidado porque senão todo mundo vira protecionista e isso é ruim para todos", disse o ministro pouco antes de comentar o atual déficit da balança comercial, que atribuiu principalmente à queda nas exportações para países desenvolvidos mais fortemente atingidos pela última crise econômica mundial, de outubro de 2008.

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Segundo ele, há um déficit de transações correntes que se deve sobretudo a crise internacional, que diminuiu as exportações brasileiras. "Como o país cresceu mais que outros, importamos mais que exportamos. Ao mesmo tempo, as indústrias estrangeiras no Brasil remeteram mais lucros e dividendos [a suas sedes]. Só essa remessa, que deve chegar a US$ 32 bilhões, já dá para desequilibrar [a balança]", comentou Mantega, ao afirmar que o problema não compromete o crescimento da economia brasileira e deve começar a melhorar em dois ou três anos.

As declarações foram dadas durante o 7º Fórum de Economia promovido na capital paulista pela Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FG), que este ano elegeu o tema Qual a Estratégia de Crescimento com Estabilidade do Novo Governo, para debater os avanços dos últimos anos e os desafios do governo que assumirá em 1º de janeiro de 2011.


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