Apesar de a ascensão das mulheres no mercado de trabalho ser cada vez mais significativa nos últimos anos, a desigualdade entre os sexos ainda é muito relevante ao redor do mundo.
Segundo dados divulgados pelo Fórum Econômico Mundial, o Brasil está em 85º no ranking geral da 10º edição do relatório do Índice Global de Desigualdade de Gênero. Ao todo, 145 países foram analisados, entre eles Islândia (1º), Noruega (2º) e Finlândia (3º), que ocupam o topo da lista. Os últimos colocados foram Síria (143º), Paquistão (144º) e Iêmen (145º).
No Brasil, a proporção é de 145 homens para 85 mulheres participando da vida política, econômica e tendo acesso à educação e à saúde.
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Nos últimos 10 anos, Bolívia e Nicarágua foram os países que mais subiram posições. O primeiro, passou da 65º colocação para 22º, enquanto a Nicarágua saiu do 50º lugar e foi para a 12º colocação.
Em contrapartida, Croácia e Sri Lanka são bons exemplos desde 2005. De 59º colocado, a Croácia passou para a 43º posição, enquanto o Sri Lanka saltou de 84º para 71º.
Ainda de acordo com os dados divulgados, cerca de dois em cada cinco funcionários públicos de alto escalão, diretores e legisladores são mulheres e apenas em 2133 conseguiríamos atingir uma igualdade de gênero mundial.
Metodologia
Para coletar os dados necessários para o Índice Global de Desigualdade Social, o Fórum Econômico Mundial analisou mais de dez tópicos relacionados a participação econômica e oportunidade, nível de escolaridade, saúde, sobrevivência e capacitação política.
Os rankings foram compilados calculando a desigualdade de gênero no acesso a recursos e oportunidades em cada país. Essa base de comparação permite analisar países pobres e ricos de igual maneira.
Os dados sobre a desigualdade de salários entre homens e mulheres são da Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OCDE). As estatísticas usadas de cada país eram as últimas disponíveis - entre 2010 a 2013.
A OCDE calcula a diferença salarial entre homens e mulheres como a diferença entre os salários médios de homens e mulheres em relação ao salário médio dos homens. As estimativas são baseadas em trabalhadores de tempo integral.
Os dados sobre a proporção de mulheres com ensino universitário são do Instituto de Estatísticas da Unesco.