O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores (MRE), ministro Tovar Nunes, disse nesta terça-feira (26) que o Brasil quer virar a página das dificuldades econômicas vividas com o Equador em 2008. À época, o governo equatoriano ameaçou não pagar uma dívida com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a construção da Hidrelétrica San Francisco, alegando que houve irregularidades na obra. O incidente também resultou na expulsão da construtora Odebrecht do país.
Hoje à tarde, o chanceler Antonio Patriota recebeu o ministro de Setores Estratégicos do Equador, Jorge Glas. Considerado um "superministro", já que sua pasta trata de assuntos fundamentais para o desenvolvimento do país, Glas esteve envolvido na crise bilateral de 2008. À época, ele presidia o Fundo de Solidariedade, que administra as estatais do setor elétrico do Equador.
À Agência Brasil, o porta-voz do Itamaraty disse que a visita de Glas é a continuação de um processo que começou há cerca de duas semanas, com a visita de Patriota ao Equador. "Dentro do projeto de integração com a América do Sul, o Brasil quer consolidar o tratamento positivo ao país e deseja ver um Equador cada vez mais desenvolvido. Se tiver interesse das empresas brasileiras em investirem no país, que continuem."
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Além do Itamaraty, Glas deve visitar outros ministérios brasileiros para apresentar projetos estruturantes do país, especialmente na área de energia e de estradas. Foram agendadas audiências nos ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior; de Minas e Energia e das Comunicações. "O objetivo é virar a página do período de dificuldade de investimentos e colocar a relação em um patamar de prospecção", assinalou Nunes.