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Ajuda financeira

Brasil espera solução diplomática para crise da dívida argentina, diz ministro

Agência Brasil
01 jul 2014 às 18:10

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O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, disse hoje (1°) que espera uma solução diplomática para a questão da dívida da Argentina, mas descartou eventual auxílio financeiro do Brasil ajudar ao país vizinho.

No último dia 26, o país vizinho depositou US$ 1 bilhão destinado a pagar os credores que aceitaram a reestruturação da dívida com o país. Entretanto, o juiz norte-americano Thomas Griesa ordenou a restituição da verba ao país, entendendo que os argentinos devem pagar a fundos especulativos, conhecidos como fundos abutres, que reclamam 100% do valor nominal dos títulos. Segundo Borges, o governo brasileiro está trabalhando para ajudar a Argentina e a Organização dos Estados Americanos (OEA) fará uma reunião para discutir o assunto.

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"Nós estamos muito otimistas de que vai ter uma solução diplomática para essa questão. [O contrário] abriria um precedente extremamente grave nas práticas de negociação. Envolve a renegociação da dívida de um país soberano. Esperamos que não abra um precedente para outros países que possam viver um processo de renegociação de dívida", declarou.

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Segundo Borges, um eventual socorro financeiro à Argentina não está em negociação. "Não está na mesa, nem de demandas da Argentina, nem de discussões do governo brasileiro", afirmou. De acordo com ele, o auxílio do Brasil ao país vizinho na questão da dívida externa se resume ao âmbito diplomático.

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Mauro Borges deu as declarações em entrevista coletiva para comentar os resultados da balança comercial no primeiro semestre deste ano. O saldo ficou superavitário em US$ 2,365 bilhões em junho, melhor resultado desde 2011. De janeiro a junho, a balança está negativa em US$ 2,490 bilhões.


Em função das dificuldades argentinas, houve ainda retração no comércio bilateral entre o Brasil e o país latino-americano. No ano passado, o saldo comercial entre os dois países foi US$ 524 milhões até maio. No mesmo período deste ano, alcançou US$ 385 bilhões. Segundo o secretário de Comércio Exterior, Daniel Godinho, os argentinos reduziram suas compras de todos parceiros comerciais nesse intervalo.

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Borges comentou o acordo automotivo do país vizinho com o Brasil, que entrou em vigor nessa terça-feira e vale por um ano.


"Nos parâmetros acordados, não vai ter restrição administrativa do fluxo de comércio. [O acordo] foi extremamente relevante para manter a normalidade do fluxo de comércio bilateral", disse.

O ministro reconheceu que, por causa da situação econômica, a Argentina deve ter um crescimento menor este ano. "Consequentemente, sua taxa de absorção [no comércio] será menor", declarou. Mesmo assim, segundo Mauro Borges, por enquanto não há perspectiva de nova linha para financiar o comércio bilateral conforme chegou a ser aventado durante a discussão do acordo. "Essa nova linha não vai ser acionada nesse momento", disse.


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