Depois de obter o grau de investimento da agência de risco Moody's, no último dia 23, o Brasil voltará a lançar títulos no exterior. Segundo o secretário do Tesouro Nacional, Arno Augustin, as emissões serão em dólar e ocorrerão antes do fim do ano.
O secretário não informou uma estimativa de data, nem as condições em que ocorrerão as emissões. Ele, no entanto, disse que o governo manterá a estratégia adotada nos últimos lançamentos. "Faremos emissões qualitativas, mirando juros menores e prazos mais longos", destacou.
Por meio dos títulos públicos, o Tesouro pega dinheiro emprestado dos investidores e se compromete a devolver os recursos com algum adicional. Prazos maiores e juros mais baixos indicam a confiança dos investidores estrangeiros em que o governo brasileiro não dará calote.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Os títulos são usados para fornecer recursos para que o governo honre os compromissos. Augustin, no entanto, destacou que, no caso das emissões externas, o objetivo do Tesouro não é arrecadar dinheiro, mas fornecer confiança para os investidores. De acordo com ele, mesmo que o valor das emissões não seja grande, os juros e os prazos conseguidos nas operações aumentam a confiança dos investidores externos no país.
Em 2009, o Brasil fez três emissões externas. Em janeiro, o Tesouro captou US$ 1,025 bilhão em títulos com vencimento em 2019. Em maio, houve a captação de mais US$ 750 milhões no exterior também em papéis com vencimento em 2019. No final de julho, o Brasil emitiu mais US$ 525 milhões em títulos com vencimento em 2037.