O Brasil ficou em 9º lugar em um ranking de 32 países com regimes tributários mais atrativos para profissionais de média hierarquia, elaborado pela consultoria Mercer. Segundo um estudo da consultoria, um gerente médio que ganha US$ 54 mil por ano (hoje cerca de R$ 96,5 mil anuais, ou R$ 8 mil mensais) versa aos cofres públicos 22,5% de seu salário, incluindo impostos e contribuição previdenciária.
É uma incidência de impostos próxima à de outros países latino-americanos, como o México e a Argentina, e mais alta que a de tigres asiáticos e da China.
No topo do ranking ficaram os Emirados Árabes, onde não existe imposto de renda pessoal. Um gerente médio tem de pagar apenas 5% de contribuição previdenciária, afirmou a Mercer.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
O sistema brasileiro, progressivo, tributa em 15% os rendimentos até R$ 2,5 mil mensais, e em 27,5% o que ficar acima disso. Há ainda uma contribuição previdenciária de R$ 308 por mês, independentemente da faixa salarial.
Comparações
A consultoria elaborou rankings considerando profissionais solteiros, casados e casados com duas crianças.
A Rússia, segunda colocada na lista, aplica um imposto linear de 13% sobre o ganho pessoal de um profissional solteiro, pouco abaixo do percentual de Hong Kong, terceiro no ranking (14,2%). A ilha foi considerada separadamente da China por ter um regime tributário diferente.
A lista segue com Taiwan (14,6%), Cingapura (16,4%), Coréia do Sul (16,5%) e China (20,4%). Em seguida, vêm as economias latino-americanas – México (21,4%), Brasil (22,5%) e Argentina (22,7%).
A Índia (29,1%), na 14ª posição, ficou na lanterna dos chamados BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), e os países europeus se mostraram menos atraentes em termos de impostos.
Um solteiro na Hungria (50,5%), Bélgica (48,6%) ou Dinamarca (48,5%) estará pagando as médias mais altas do mundo, segundo o estudo da Mercer.
Nos outros rankings as posições se invertem ligeiramente, porque alguns países oferecem vantagens tributárias para casais e pais. Não é o caso do Brasil, que por isso perde atratividade nesses rankings.
Fonte: BBC Brasil