Apesar de nova queda nas vendas da indústria automobilística na base mensal, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, mantém a projeção de vendas de 3,4 milhões de veículos em 2010, o que traduziria um avanço de 8,2% sobre as vendas de 2009.
"Imaginamos que as vendas cresçam 8% nos próximos meses, o que permitirá conquistar a meta traçada para o ano", destacou o dirigente. Para ele, a situação favorável na concessão de crédito, no nível de emprego, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) e o alto nível de confiança do consumidor possibilitam ao mercado preservar suas expectativas para a indústria automobilística.
Belini comentou, também, que a crise na Europa não chegou a abalar a confiança dos compradores de veículos. "O nível de emprego é mais importante neste caso. E como não dependemos tanto das exportações, a crise lá fora não provoca esse impacto."
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Em maio, as vendas de veículos totalizaram 251,1 mil unidades, baixa de 9,6% sobre abril, mas uma alta de 1,7% ante maio de 2009. Apesar da queda na base mensal, este foi o melhor maio da história da indústria e manteve o Brasil no quarto lugar nas vendas mundiais de veículos, atrás de China, Estados Unidos e Japão.
No primeiro quadrimestre, o Brasil já tinha tirado da Alemanha a quarta colocação em vendas. Agora, no período janeiro-maio, essa posição se manteve. Belini preferiu não arriscar um palpite se o Brasil deve preservar-se no quarto lugar até o fim do ano. "Não podemos contar vantagem, depende da reação da Europa. Se não somos o quarto colocado, somos o quinto, o importante é ser um grande mercado. Agora, temos que subir no ranking de produção, onde somos o sexto melhor posicionado no mundo", disse.