Números da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (Ompi), que reúne os pedidos de patentes feitos por empresas em todo o mundo, mostram que o Brasil caminha a passos lentos em matéria de inovação. Enquanto o PIB cresceu 158% de 2000 para cá e assegurou ao País a fatia de 2,7% da economia mundial, o Brasil não passa de 0,32% dos pedidos de patentes.
Cálculos apontam ainda que o Brasil investiu 1,3% do PIB em pesquisa, menos da metade da média de países desenvolvidos. Além disso, o volume se concentra no setor público, com 55% do investimento, ante 45% da iniciativa privada, quando segundo especialistas o ideal seria o contrário. Para o investimento em pesquisa no Brasil chegar a 1,5% do PIB, a participação das empresas deveria chegar a 0,8%. Atualmente é de 0,45%.
Esse quadro faz do País basicamente um "importador de tecnologias", segundo Carlos Henrique de Brito Cruz, diretor científico da Fapesp, fundação paulista de amparo à pesquisa.
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Para Cruz, uma das saídas do Brasil é apostar em suas vantagens competitivas para criar produtos que sejam aceitos no mundo. Entre as possibilidades para a criação de patentes de produtos brasileiros estão o uso de recursos naturais e de tecnologias consagradas, como a do álcool combustível.