O Brasil precisará de 701 novas aeronaves de passageiros com mais de 100 assentos nos próximos 20 anos. A estimativa é do vice-presidente executivo da Airbus para a América Latina e Caribe, Rafael Alonso. De acordo com estudo realizado pela fabricante de aeronaves, desse total, 501 serão de corredor único, 174 de dois corredores e 26 de grande porte.
O valor estimado de todas essas aeronaves juntas é de aproximadamente US$ 82 bilhões. "O Brasil é hoje um dos dez maiores mercados do mundo para a venda de novas aeronaves de passageiros", afirmou o executivo, em encontro de apresentação das projeções globais para 2011-2030, em São Paulo.
Ainda segundo a Airbus, até 2030 o Brasil será o mercado de crescimento mais rápido na América Latina. A empresa também estima que o Brasil se tornará o quarto maior mercado doméstico do mundo, atrás dos Estados Unidos, da China e da Índia. Hoje, o Brasil ocupa a quinta posição, atrás do Japão.
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Emergentes
Os países emergentes vão responder por 70% do tráfego mundial em 2030, enquanto as economias mais desenvolvidas serão responsáveis pelos demais 30%, segundo o estudo da Airbus. Os dados mais recentes, de 2010, apontam que os países emergentes respondem por 57%, enquanto em 1990 esse porcentual era de apenas 37%. "Esse crescimento está sendo conduzido principalmente devido à classe média", afirmou Alonso.
Ainda de acordo com o estudo, a classe média mundial irá mais que dobrar nos próximos 20 anos. Em 2010, ela somava 1,8 bilhão de pessoas e representava 27% da população total. Para 2020, a expectativa é que ela atinja 3,2 bilhões, o equivalente a 43% da população. Em 2030 já deve ser a maioria, representando 59% da população mundial e somando 4,9 bilhões de pessoas.