Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil encerrou 2010 como o maior mercado de caminhões da Volvo no mundo, à frente dos Estados Unidos. No ano passado, a montadora sueca vendeu 16,2 mil unidades no País (considerando os veículos exportados, foram 18,3 mil unidades). O faturamento foi de R$ 6,8 bilhões, contra R$ 3,9 bilhões em 2009. A receita obtida em 2010 foi a maior desde que a Volvo começou a produzir veículos no País, em 1979.
As vendas da Volvo em 2010 cresceram cerca de 80%, enquanto o mercado de caminhões avançou aproximadamente 60%. Segundo Bernardo Fedalto Jr, gerente de caminhões da linha F, a estimativa para este ano também é de crescimento. "O mercado deve crescer entre 5% e 10%, mas nós devemos crescer um pouco acima disso", afirmou. A montadora sueca encerrou 2010 com 15% de participação no mercado de caminhões, contra 13% em 2009.
Para atender ao forte crescimento de 2010, a empresa contratou cerca de 1 mil funcionários e hoje emprega cerca de 3 mil trabalhadores. Este ano já fez mais contratações; só em janeiro, 170 novos profissionais foram admitidos.
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Com relação a preço, os veículos sofreram um reajuste médio de 3% em janeiro. O último aumento havia sido realizado em julho do ano passado e tinha sido de aproximadamente 2,5%, de acordo com Nilton Roeder, diretor de Powertrain.
Investimentos
A sueca Volvo investirá este ano no Brasil R$ 75 milhões, sendo R$ 50 milhões na construção de um novo centro de logística de peças em Curitiba e os outros R$ 25 milhões para passar a fabricar localmente caixas de câmbio e motores, peças hoje importadas da Suécia. A previsão é que o centro de logística, que terá 28,2 mil metros quadrados, entre em operação em 2012. "O investimento para esse centro de logística é um investimento novo, fruto do forte crescimento do mercado brasileiro. Ele não estava previsto nos investimentos projetados para o triênio 2009-2011", afirmou o presidente da Volvo no Brasil, Roger Alm.
Em 2010, a subsidiária brasileira da Volvo liderou pela primeira vez o volume de financiamentos do grupo sueco por meio da Volvo Financial Service, braço financeiro da companhia. Até então, o mercado americano ocupava a primeira posição. O crescimento no volume de novos financiamentos de caminhões, ônibus e equipamentos de construção foi de 40%. A Volvo encerrou o ano passado com uma carteira gerenciada de R$ 3,1 bilhões, ante R$ 2,3 bilhões no ano anterior. "Para atender ao aumento de demanda, aumentamos o capital do banco em R$ 190 milhões", afirmou Carl Hörnestam, presidente da Volvo Financial Services na América Latina.
Segundo ele, o volume de seguros comercializados pela financeira cresceu 15% ao longo de 2010, enquanto as vendas por meio de consórcio avançaram 30% em relação a 2009. O consórcio oferecido pela Volvo tem o prazo de 100 meses. "Nas vendas de consórcio, crescemos o dobro do mercado", disse o executivo.