O setor público consolidado apresentou superávit primário R$ 2,3 bilhões em julho, informou o Banco Central, nesta sexta-feira, 30. Em junho, o resultado foi positivo em R$ 5,429 bilhões. O superávit primário consolidado de julho ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que iam de R$ 2,9 bilhão a R$ 8,040 bilhões.
No acumulado do ano até julho o setor público consolidado alcançou um superávit primário de R$ 54,4 bilhões. Nos primeiros sete meses de 2012, o saldo ficou positivo em R$ 71,2 bilhões. No acumulado de 12 meses até julho, o superávit foi de R$ 88,2 bilhões, o equivalente a 1,91% do Produto Interno Bruto (PIB). Isso significa uma redução de 0,09 ponto porcentual do PIB em relação ao acumulado no mês anterior. Especificamente em relação a julho, o superávit de R$ 2,3 bilhões foi obtido com saldo positivo de R$ 3,8 bilhões do governo central mais déficit de R$ 1,5 bilhão dos governos regionais e de R$ 14 milhões das empresas estatais.
A dívida líquida do setor público consolidado recuou para 34,1% do PIB em julho ante 34,5% em junho. Em dezembro de 2012, estava em 35,2% do PIB. A dívida do governo central, governos regionais e empresas estatais terminou o mês passado em R$ 1,574 trilhão. Segundo o BC, o principal fator para a queda no mês foi a depreciação cambial de 3,4% no período, que reduziu a dívida em R$ 23,9 bilhões. A dívida bruta do governo geral encerrou o mês passado em R$ 2,744 trilhões, o que representou 59,4% do PIB. Em junho, essa relação estava em 59,3%.
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O déficit nominal do setor público ficou em R$ 21,1 bilhões em julho. No acumulado do ano até o mês passado, o déficit nominal atingiu R$ 87 bilhões, o que significa um aumento de R$ 29,8 bilhões em relação ao mesmo período de 2012. Em relação ao PIB, esse déficit acumulado no ano equivale a 3,21% ante 2,29% do PIB em idêntico período de 2012. Em 12 meses até julho, o déficit nominal atingiu R$ 138,7 bilhões, o que equivale a 3% do PIB. Isso equivale a uma alta de 0,18 ponto porcentual do PIB em relação ao observado no mesmo período até junho.
O déficit nominal do mês, de acordo com o BC, foi financiado com expansões de R$ 20,1 bilhões na dívida mobiliária e de R$ 5,7 bilhões na dívida bancária líquida. Estes resultados foram parcialmente contrabalançados pelas reduções de R$ 505 milhões no financiamento externo líquido e de R$ 4,1 bilhões nas demais fontes de financiamento interno, que incluem a base monetária.