O crescimento da economia brasileira, de 1,9% no 2º trimestre, representa um dos melhores resultado entre os países que estavam em recessão, segundo dados da agência de classificação de risco Moody's e da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
A maior recuperação do trimestre foi registrada pela Turquia (+ 2,7%), onde a economia encolheu durante quatro trimestres consecutivos. No Brasil, no entanto, foram dois.
Entre os países desenvolvidos, o que mais cresceu no 2º trimestre, em comparação ao 1º trimestre do ano, foi o Japão, com alta de 0,9%. O país vinha apresentando um PIB (Produto Interno Bruto) negativo desde o 2º trimestre de 2008, antes mesmo do agravamento da crise, em setembro do ano passado.
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"O Brasil não apenas ficou pouco tempo em recessão, como também apresentou um dos maiores crescimentos no trimestre", diz Alfredo Coutinho, diretor para América Latina da Moody’s.
Enquanto no Brasil o crescimento foi puxado pelo consumo interno, no caso japonês o resultado foi impulsionado pela demanda externa, principalmente da China, e por maiores gastos do governo.
Europa
Alemanha e França também já tiraram o pé da recessão técnica, caracterizada por dois trimestres consecutivos de queda no PIB. As duas economias cresceram 0,3% cada.
Apesar do crescimento desses dois países, a União Europeia como um todo ainda se encontra em recessão. A economia do bloco encolheu 0,2% no 2º trimestre.
Uma das razões está no consumo das famílias. Com o aprofundamento da crise, os europeus deixaram de comprar. Investimentos e exportações também continuam negativos.
A Grã-Bretanha, um dos países mais afetados pela crise financeira internacional, registrou uma queda de 0,7% do PIB no 2º trimestre.
Américas, Índia e China
Pelo levantamento da Moody’s, o Brasil é o primeiro país da América Latina a sair de uma recessão neste ano.
Chile e México, dois dos principais países da região, ainda estão com dados negativos. O PIB chileno caiu 0,5% no 2º trimestre, enquanto o México registrou resultado ainda pior: queda de 1,1%.
Os Estados Unidos, foco da crise atual, continuam em recessão.