Nos próximos 12 anos, o Brasil irá demandar 30 milhões de moradias. A estimativa foi feita pelo professor da Fundação Getúlio Vargas - FGV, Fernando Garcia.
"Com o projetado crescimento do PIB em mais de 5% até 2022, o Brasil vai entrar para o mapa das oportunidades mundiais", disse ele, segundo informações da Agência Fiesp.
Segundo Garcia, a construção civil tem registrado recorde de crescimento e de contratação de mão de obra, impulsionado principalmente pela isenção do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) de alguns materiais, que entram na cadeia produtiva.
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O professor está otimista em relação ao cenário futuro, já que acredita que a construção civil e o petróleo serão os setores que mais crescerão nos próximos 12 anos. Além disso, ele afirma que os eventos esportivos que acontecerão no País - Copa do Mundo de 2014 e Olimpíada de 2016 -, trarão investimentos para o setor de serviços, o comércio e a indústria.
Entretanto, existem ameaças a essas expectativas positivas. "Os preços da energia elétrica e do gás natural, por exemplo, podem comprometer as indústrias de cimento, vidro, plástico e metais não ferrosos, já que esses setores consomem muita energia em seu processo produtivo", declara.
Ele acrescenta ainda que o problema da escassez da mão de obra pode provocar riscos de desindustrialização ou desintegração em alguns setores.