O potencial de geração de renda familiar, que engloba a inserção produtiva e o nível educacional dos membros de uma família e o uso de tecnologia de informação, subiu 28% entre os anos de 2003 e 2008, enquanto o potencial de consumo, no mesmo período, aumentou 14,98%.
A constatação faz parte de um estudo divulgado nesta segunda (21) pela Fundação Getulio Vargas (FGV), com base nos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), divulgada na semana passada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com o economista da FGV, Marcelo Néri, responsável pelo estudo, os números revelam que o brasileiro pode estar investindo mais no futuro, em vez de apenas gastar seus recursos com consumo.
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"Talvez isso reflita o fato de que o brasileiro está se tornando mais formiga e menos cigarra. A década de 90 foi o império do consumidor e o inferno do produtor, mas foi uma década em que se plantou coisas. O brasileiro colocou as crianças na escola, investiu em educação dos chefes de família e isso permitiu que ele colhesse esses resultados favoráveis hoje", disse.
Néri destacou, ainda, que esse cenário construído ao longo dos últimos anos foi importante para ajudar o país a sair mais rapidamente da crise financeira internacional e garantir a sustentabilidade das conquistas. "Nos últimos 15 anos, o brasileiro conquistou muita coisa, inclusive a tecnologia de como conviver com a crise, investindo em educação".