O consumo brasileiro de café torrado e moído atingiu a marca de 16 milhões de sacas, no período de 12 meses, entre abril de 2005 e abril de 2006, o que representa um aumento de 2,93%, em relação ao mesmo período. O levantamento foi feito pela Associação Brasileira da Industria de Café (ABIC).
Essa marca representa 13% de todo o consumo mundial de café e 51% do que todos os países produtores do grão consomem em conjunto (cerca de 31 milhões de sacas/ano). Por sua vez o consumo per capita cresceu 2,7%, atingindo 4,22 kg de café em pó torrado e moído por habitante/ano.
Os fatores que explicam o crescimento de 2,93% do consumo de café no Brasil, num ritmo superior à média mundial que é de 1,5% ao ano, estão ligados não somente ao aumento do poder de compra da população, mas também à melhora da qualidade do produto e às diversas ações de promoção, como o estímulo aos cafés diferenciados e de alta qualidade e às novas categorias de produtos definidas pelo Programa de Qualidade do Café (PQC), que passaram a ser identificadas pelos Símbolos de Qualidade Tradicional, Superior e Gourmet.
Soma-se a essas ações um fundo de R$ 650 mil que as indústrias associadas à ABIC criaram para custear projetos, atividades e materiais promocionais, publicitários e educacionais para o café. Dentre essas ações está o programa Café e Saúde, que tem alcançado grande repercussão nos meios acadêmicos e médicos e que está desmistificando preconceitos contra a bebida, induzindo o consumo e atraindo novos consumidores. Dados recentes indicam que na comunidade médica aumentou em 38% a percepção de que o café pode ser benéfico para a saúde.
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O levantamento da ABIC considera algumas hipóteses conservadoras, e se baseia quase integralmente no aumento declarado pelas 453 empresas associadas, que respondem por 74% do café industrializado torrado/moído no país. A entidade mantém, para 2006, a previsão de um consumo de 16,5 milhões de sacas, dentro da meta de longo prazo que pretende alcançar 21 milhões de sacas em 2010.