Os brasileiros ficaram em 76º lugar em um novo ranking internacional de generosidade que avaliou o grau de envolvimento da população em ações de caridade.
O ranking foi feito com base em questionários realizados pelo instituto de pesquisas Gallup em 153 países pela ONG internacional Charities Aid Foundation, que criou o índice World Giving Index (Índice da Generosidade Mundial, em tradução livre).
Os entrevistados responderam a perguntas sobre doações para entidades beneficentes, tempo gasto em trabalho voluntário e ajuda a estranhos.
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Na América Latina, o Brasil aparece atrás de outros 15 países no ranking da generosidade, empatado com Argentina e Nicarágua.
Entre os países dos BRICs, os brasileiros são os mais generosos, à frente dos indianos (134º lugar), russos (138º), e chineses (147º).
O estudo indicou que os países com as pessoas mais "generosas" são Austrália, Nova Zelândia, Canadá, Irlanda e Suíça.
Os cincos últimos do ranking são Grécia, Sérvia, Ucrânia, Burundi e Madagascar.
Idade
Em cada país, foram entrevistadas mil pessoas que vivem em centros urbanos. Em países mais populosos, como China e Rússia, a amostragem foi feita com 2 mil entrevistados.
O índice leva em consideração três aspectos: doação de dinheiro para organizações, trabalho voluntário e ajuda a pessoas estranhas.
No Brasil, quase metade das pessoas (49%) disseram ter ajudado pessoas que não conheciam no último mês.
O índice no qual os brasileiros demonstram menos solidariedade é o de trabalho voluntário - 15% disseram ter se voluntariado em alguma organização no último mês. Em países que lideram o ranking, como Austrália, Suíça e Estados Unidos, o índice é mais do que o dobro do brasileiro.
No Haiti, país que atravessou crises políticas e um terremoto de grandes proporções no último ano, 38% dos entrevistados disseram que fazem trabalho voluntário.
Um em cada quatro entrevistados no Brasil afirmou que contribui com dinheiro para alguma organização, que inclui instituições de caridade, partidos políticos ou igrejas. Na Austrália, país que lidera o ranking ao lado da Nova Zelândia, 70% das pessoas entrevistadas afirmaram que doam dinheiro para entidades sociais.
Segundo a Charities Aid Foundation, as ações caridosas variam muito entre os países devido a diferenças culturais. Cada país tem conceitos diferentes sobre o que é ser generoso.
No entanto, a pesquisa identificou um padrão global: quanto mais velhas as pessoas, mais generosas elas costumam ser. Segundo a entidade, isso tem relação com o melhor nível econômico das pessoas mais velhas em cada país.