Os decretos e pedidos de falências de empresas no Brasil caíram 20,9% e 6%, respectivamente, no primeiro semestre deste ano, segundo pesquisa divulgada hoje pela Serasa Experian, empresa especializada em análise de crédito. Já os pedidos de recuperação judicial tiveram alta de 14,9% no período.
O levantamento mostra que 877 companhias fizeram o requerimento de falência entre janeiro e junho de 2011. O resultado corresponde a uma queda de 6% ante os 933 requerimentos registrados no mesmo período do ano passado. Conforme a pesquisa, houve redução das solicitações entre empresas de todos os portes. As micro e pequenas empresas responderam neste ano por 578 das requisições de falências, seguidas pelas médias, com 195, e grandes, com 104.
Também houve queda no número de falências decretadas: foram 314 de janeiro a junho de 2011, contra 397 no mesmo período de 2010, uma queda de 20,9%. No primeiro semestre, 282 decretos partiram de micro e pequenas empresas, 20 de médias, e 12 de grandes. Conforme a pesquisa, só as companhias de grande porte tiveram crescimento no total de falências decretadas no período analisado.
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Já os pedidos de recuperação judicial subiram. Foram 239 solicitações no primeiro semestre contra 209 no mesmo período do ano passado. O resultado equivale a uma elevação de 14,9%. Os pedidos de recuperação judicial no semestre foram puxadas pelas micro e pequenas empresas, com 142 requisições, seguidas pelas médias, com 69, e grandes, com 28 pedidos. Todos os segmentos cresceram neste quesito.
Os economistas da Serasa Experian lembram que a comparação entre os primeiros semestres de 2011 e de 2010 envolve ambientes econômicos distintos para os negócios. "Nos primeiros seis meses de 2010, as empresas ainda sofriam com os impactos da crise global, sobretudo no acesso ao crédito. O forte crescimento econômico de 2010 adentrou 2011, com mais crédito e demanda crescente de consumo no mercado interno", afirma a entidade, em nota.