A Black Friday deste ano começou a reduzir o estigma de "Black Fraude" que a megaliquidação ganhou nas últimas edições por causa das falsas promoções. De 10h de quinta-feira até 19h17 de ontem, foram registradas 3.716 reclamações no site ReclameAqui. No ano passado, no período todo do evento, das 18h de quinta-feira até às 24h de sexta, o site tinha recebido 12 mil queixas, mais que o triplo do resultado parcial deste ano.
Os dados da Fundação Procon de São Paulo também apontam para a mesma direção. Das 19h de quinta-feira até as 18h de ontem, o órgão de defesa do consumidor realizou 973 atendimentos. No ano passado, no período inteiro do evento foram 1.356 atendimentos. "Acredito que as coisas tenham melhorado", disse ontem a diretora executiva do Procon-SP, Ivete Maria Ribeiro, antes de ter os números fechados do evento. Ela contou que houve três reuniões com as 38 empresas participantes para reforçar o compromisso com a veracidade da promoção e foi feito até um manual dando dicas para o consumidor não cair em armadilhas.
Apesar da redução no número de queixas, os motivos das reclamações continuam os mesmos. Em primeiro lugar está maquiagem de preço, com 44% das queixas segundo o Procon, seguida pela indisponibilidade de produtos (20%). A empresa mais reclamada, de acordo com o órgão de defesa do consumidor, foi a B2W, dona dos sites de comércio eletrônico Submarino, Shoptime e Americanas.com. Procurada, a B2w não se manifestou.
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Em relação às vendas do evento no comércio online, os dados preliminares do início da noite de ontem não eram conclusivos. De acordo com o E-bit/Buscapé, as vendas passavam de R$ 1 bilhão e, no ano passado atingiram R$ 1,16 bilhão. Nas contas da ClearSale, empresa especializada em ações antifraude, em parceria com o Busca Descontos, que criou o site Blackfriday.com, as vendas até às 18h de ontem tinham atingido R$ 929 milhões. "Vamos ultrapassar a meta de R$ 978 milhões", disse o diretor geral do site, Juliano Motta. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.