A Caixa Econômica Federal abriu um processo de responsabilização extrajudicial contra os auditores que não viram o rombo de mais de R$ 4 bilhões do Banco Panamericano, segundo o vice-presidente de finanças do banco público, Márcio Percival. O objetivo é apurar porque o rombo não foi descoberto durante o processo de compra de uma participação de 35% no banco pela Caixa, em 2009. O processo administrativo engloba a KPMG, que analisou os números durante a aquisição, e o Banco Fator, que assessorou a operação, segundo Percival.
Segundo Percival, no contrato de compra do Panamericano que a Caixa assinou, o banco tem a opção de cancelar a operação a qualquer momento, caso seja comprovada alguma fraude. "Mas preferimos apostar no futuro do banco, com a entrada do BTG Pactual", disse o executivo, após anunciar hoje os resultados de 2010 da Caixa.
A Caixa vai injetar entre R$ 8 bilhões e R$ 10 bilhões no Panamericano, principalmente por meio da compra de carteiras de crédito geradas pelo banco, segundo a presidente da Caixa, Maria Fernanda Ramos Coelho. "Não vamos comprar carteiras vendidas pelo Panamericano a outros bancos."