A Caixa Econômica Federal terá 33% da bandeira de cartões Elo, que chega ao mercado a partir do dia 4 de abril. O banco público vai emitir a bandeira inicialmente como cartão de débito, mas até meados do ano vai lançar também um cartão de crédito da marca. O plástico será oferecido para clientes de baixa renda, incluindo aqueles que recebem benefícios sociais do governo pela Caixa, como o Bolsa Família, segundo o vice-presidente de pessoas físicas da Caixa, Fábio Lenza.
A participação societária do banco público se dará por meio da Caixapar, empresa de participações do banco público, na Elo Serviços, companhia criada pelo Bradesco e pelo Banco do Brasil para cuidar dos cartões da bandeira Elo. O valor da operação não foi revelado mas, segundo Lenza, é um montante pequeno. A Elo Holding terá os 67% restantes do capital da bandeira.
A Caixa discute ainda a compra de participações em outras empresas do grupo Elo, que são controladas pela holding. O banco, neste momento, não tem intenção de ter uma fatia na holding. Segundo Lenza, a Caixa discute com BB e Bradesco a participação em outras companhias do grupo: uma que cuida de cartões de benefícios (vale-alimentação e refeição); outra que vai administrar caixas eletrônicos; e ainda aumentar sua fatia no capital da Cielo, hoje de pouco mais de 1%. A Caixa não deve comprar participação nem no Banco Elo nem na promotora de vendas do grupo.
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Segundo Marcelo Noronha, diretor executivo de cartões do Bradesco, as participações na Elo Serviços podem ser alteradas conforme o desempenho nas vendas do cartão pelos três bancos. Se um banco tiver desempenho melhor que os outros, poderá ganhar uma fatia maior da empresa.
A Caixa tem conseguido atrair pessoas sem acesso ao sistema financeiro e esse será um dos diferenciais na venda da bandeira Elo, diz Lenza. O banco abriu 10 milhões de contas correntes no programa Caixa Fácil, programa de inclusão bancária voltado para a baixa renda. Desse total, 7 milhões são contas ativas. Do total, 3 milhões participam do programa Bolsa Família.