O embargo da União Européia (UE) à carne brasileira gera para os exportadores um prejuízo de cerca de US$ 80 milhões por mês, segundo o diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Exportadora de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli.
De acordo com Camardelli, o setor vai tentar redirecionar parte do que era vendido à UE para outros dos 150 países com os quais o Brasil negocia carne. Segundo ele, "é impraticável destinar mais 25% da produção que era exportada para a União Européia para o mercado interno."
O diretor-executivo da Abiec acredita que com a chegada da delegação de técnicos europeus no próximo dia 25 haverá uma retomada das negociações, o que poderá permitir o pleno restabelecimento das vendas para a União Européia.
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"O primeiro passo é a retomada das negociações, o segundo passo é a auditoria em algumas propriedades para ver se o padrão que eles pedem está sendo praticado, e aí saber qual é a cronologia de restabelecimento disso [das exportações]", disse.
No dia 31 de janeiro, a União Européia suspendeu a compra de carne do Brasil, alegando insuficiência das garantias sanitárias e de qualidade dadas pelo país.