O Paraná deve contar com uma nova faixa alfanumérica ao longo de 2016. Atualmente, as sequencias pertencentes ao estado compreendem do 'AAA-0001' ao 'BEZ-9999'. A informação é do coordenador de veículos do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran), Nelson Lambach. "Posso dizer, seguramente, que o Paraná precisará de novas faixas a partir do ano que vem, ou seja, teremos uma nova letra inicial nas placas, além da 'A' e 'B'", disse.
A geração da nova sequência será necessária devido ao aumento constante da frota do estado. "Atualmente, temos 6,5 milhões de veículos em circulação. Só com a letra A, foram mais de 8 milhões de emplacamentos. Temos que levar em conta que, muitos deles acabam saindo daqui, por isso o número da frota é menor", explica.
O Paraná foi o primeiro estado a aderir ao sistema, conhecido atualmente com Renavam (Registro Nacional de Veículos Automores) em 1989. Antes disso, eram usadas as placas amarelas - duas letras e quatro números - que constantemente eram substituídas em caso de transferências para terceiros. "Hoje, há uma organização nacional, com três letras e quatro números. Cada veículo recebe uma única placa desde o seu primeiro registro até sua baixa definitiva". A placa número 1 do Brasil, inclusive, é do Paraná (AAA-0001).
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O coordenador lembra que licenciamentos com a inicial B são gerados aleatoriamente pelo sistema ou a pedido do próprio proprietário. Por meio de um pagamento diferenciado, é possível escolher a placa conforme a preferência. "A ideia de que todos os veículos, cujas placas começam com a letra B, são de São Paulo é equivocada. A sequência alfanumérica a partir do (BFA-0001) pertencem, sim, ao estado vizinho", esclareceu.
Efeitos da crise
A crise econômica nacional vem refletindo no número de vendas de veículos automotivos, logo, também ocorre a diminuição dos emplacamentos. Analisando os números de Londrina, em outubro de 2014, por exemplo, o Detran registrou 2006 novos processos, enquanto no mesmo mês deste ano houve apenas 1218 registros.
"É uma comprovação da dificuldade de acesso ao crédito, fator que dificulta a aquisição de bens duráveis, com preços mais altos. É bom destacar, entretanto, que as pessoas deixaram de comprar carros novos e estão optando pelos seminovos", avaliou Lambach.
Londrina aparece em segundo lugar no ranking das maiores frotas do estado, com 365 mil veículos, atrás apenas de Curitiba (1,4 milhão).