O presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, afirmou, em Tóquio à Agência Estado, que a carteira de crédito do banco público, que está hoje em R$ 315 bilhões, deve crescer perto de 40% em 2013 ante este ano, velocidade muito próxima da alta de 42% que deve ser registrado em 2012 em relação a 2011.
Em relação à concessão de crédito para o setor imobiliário pela Caixa, na categoria originação, Hereda apontou que deverá crescer 20% em 2013 em relação a este ano, mantendo o mesmo ritmo de expansão deste ano ante 2011. Com isso, esse segmento de financiamentos que atingiu por parte do banco um montante de R$ 80 bilhões em 2011, deverá alcançar R$ 100 bilhões em 2012 e atingir R$ 120 bilhões em 2013.
Hereda ressaltou que a Caixa deverá firmar 750 mil contratos relativos ao programa Minha Casa, Minha Vida em 2013. Em 2012, o banco oficial computou a entrega de um milhão de moradias e mais um milhão de contratos foram firmados. Para o próximo ano, a expectativa do presidente da Caixa é de que sejam contratados mais 750 mil residências nesse plano federal.
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Ele fez comentários após participar de evento promovido pela Câmara do Comércio Brasileira no Japão.
'Não há risco de bolha'
Hereda ainda afirmou que não há risco de ocorrer bolha imobiliária no Brasil, como foi registrado nos Estados Unidos e na Espanha. Para ele, vários fatores lhe dão segurança de que tal problema não ocorrerá.
Um deles é o nível de garantia para o financiamento dos imóveis, que é elevado. "No País, o sonho da casa própria é muito importante. Nessas nações que tiveram problemas bastante sérios as pessoas já possuíam moradias e estavam comprando o segundo ou o terceiro imóvel", destacou. "Já no Brasil, a última coisa que o cidadão quer é perder a sua residência", destacou.
Além disso, Hereda destacou que no Brasil o mercado secundários imobiliário ainda é muito pequeno, diferente do que ocorreu nos EUA, onde "ativos bons podiam ser empacotados com ativos não bons e ser distribuídos" por instituições financeiras. "Estamos muito distante de uma bolha no Brasil", apontou.