Pesquisar

Canais

Serviços

Publicidade
Publicidade
Publicidade
Avaliação

Cautela freou procura de consumidor por crédito em fevereiro

Agência Estado
26 fev 2015 às 15:42

Compartilhar notícia

siga o Bonde no Google News!
Publicidade
Publicidade

Os brasileiros estão mais cautelosos em relação a novas compras ou novos empréstimos e financiamentos, o que mostra certo "aprendizado", na visão da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Contudo, a contenção de gastos que alivia o orçamento familiar terá como reflexo negativo a continuidade de desaceleração nas vendas do varejo.

"As famílias estão demandando menos crédito não por inadimplência, mas por cautela. Existe um processo de aprendizado", afirmou a economista Marianne Hanson, da CNC. Nesta quinta-feira, 26, a Confederação anunciou que o endividamento das famílias ficou em 57,8% em fevereiro. A fatia é maior do que a verificado em janeiro (57,5%), mas bem menor do que em fevereiro de 2014 (62,7%).

Cadastre-se em nossa newsletter

Publicidade
Publicidade


O aumento do endividamento na comparação mensal já era aguardado, segundo Marianne. "No primeiro trimestre incidem gastos diversos como IPTU, IPCA, matrícula escolar e materiais. Muitas famílias não se preparam e acabam recorrendo ao crédito", explicou a economista.

Leia mais:

Imagem de destaque
Crise

Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV

Imagem de destaque
97,5 milhões de ocupados

Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE

Imagem de destaque
Atenção à data

Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda

Imagem de destaque
Resultado animador

Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC


Na comparação anual, porém, a redução do endividamento demonstra a cautela dos consumidores. O incomum é que veio a despeito de um aumento na fatia dos que têm contas em atraso e devem permanecer inadimplentes - de 5,9% em fevereiro do ano passado para 6,4% neste mês.

Publicidade


"Não é comum, normalmente o endividamento sobe quando aumenta o número de famílias com contas em atraso. É um fator positivo que elas consigam fazer isso. Mas também é graças ao ano passado, já que houve em 2014, principalmente no segundo semestre, uma tendência de redução do endividamento", detalhou Marianne.


Como resultado, a parcela média da renda comprometida com dívidas entrou em queda livre na passagem do ano. De 30,6% em dezembro, esse indicador passou a 29,5% em janeiro e a 28,8% em fevereiro. O que aumentou foi o tempo médio de pagamento, de 6,9 meses em dezembro para 7,1 meses na pesquisa divulgada hoje.


Além do cenário econômico incerto, a economista da CNC apontou a elevação dos juros como o principal desestímulo ao consumo. Quem tem contas em atraso, por sua vez, encontra condições menos favoráveis para renegociar as dívidas. A despeito disso, ela lembrou que a inadimplência ainda está em níveis historicamente baixos.

Se por um lado toda essa cautela traz alívio ao orçamento das famílias, por outro derruba ainda mais a atividade. "O aspecto negativo é uma desaceleração no consumo das famílias", comentou a especialista. Recentemente, a CNC revisou sua projeção para o crescimento das vendas no varejo restrito (sem veículos e materiais de construção) este ano, para alta de apenas 1,7%.


Publicidade

Últimas notícias

Publicidade
LONDRINA Previsão do Tempo