O Censo Previdenciário, que já recadastrou 16.620.982 aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), confirmou a existência de 491.216 brasileiros, beneficiários da Previdência Social, com mais de 90 anos – 159 têm mais de 110 anos e, em alguns casos, ainda são os únicos membros da família com renda garantida todos os meses.
Em 2000, o Censo Demográfico do IBGE constatou que do total de idosos – pessoas com 60 anos ou mais - 62,4% eram responsáveis financeiramente pelos domicílios. Segundo o IBGE, em 20% dos domicílios brasileiros, os principais responsáveis pelo orçamento doméstico eram idosos, em sua grande maioria, beneficiários do INSS. A cada mês, o INSS injeta na economia brasileira cerca de R$ 13 bilhões com o pagamento de benefícios, a maior parte destinada a aposentados e pensionistas.
O Censo Previdenciário, que começou em novembro de 2005, atualizou os dados cadastrais do INSS e permite mostrar com segurança as diversas faixas etárias de beneficiários, o que facilita o planejamento de políticas públicas para os idosos de todo o País. Segundo o Censo do Ministério da Previdência, que ainda está em andamento, a faixa etária com maior número de beneficiários é a que vai dos 70 aos 74 anos: 2.728.542. Em segundo lugar está a faixa de 65 a 69, com 2.710.768; depois vêm os segurados que têm entre 75 e 79 (2.316.712); 60 e 64 (2.036.549), 80 a 84 (1.563.676) e 55 a 59 anos (1.405.262).
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Censo Previdenciário - Para não suspender o pagamento dos benefícios de segurados com idade acima da média de sobrevida nacional, que poderiam estar entre os casos de segurados que faleciam e as famílias não informavam nem devolviam o cartão de benefício, o INSS instalou uma trava no sistema para fazer acompanhamento individual dos beneficiários com mais de 110 anos. Até agora, já se recadastraram 159 aposentados e pensionistas com idades entre 110 e 125 anos.
Nesses casos, assim que o banco recebe o formulário do segurado que declara ter mais que 110 anos, comunica ao Comitê do Censo, antes de transmitir os dados ao INSS. Só após o INSS comunicar à Dataprev que houve prova de vida, é retirada a trava do benefício, que permite o pagamento normal. Se o formulário for enviado sem a comunicação ao INSS, será rejeitado.
As informações são do Ministério da Previdência Social.