Os preços dos alimentos voltaram a subir em Londrina e Curitiba no mês passado. Os 13 itens que compõem a cesta básica ficaram 0,89% mais caros com relação a setembro (mês em que foi registrado queda de 1,85% nos custos). No ano os preços acumulam baixa de 2,14%, enquanto nos últimos 12 meses a redução é um pouco maior: 2,85%. Com a alta registrada no mês passado, uma família passou a gastar R$ 566,96 com a alimentação básica, enquanto o custo para uma pessoa foi de R$ 188,99. A cesta básica de Curitiba teve alta de 1,09%.
Em Londrina, dos 13 produtos pesquisados, 10 tiveram alta nos preços: açúcar, arroz, banana, batata, farinha de trigo, feijão, margarina, óleo de soja, pão francês e tomate. Somente o café, a carne (coxão mole) e o leite C apresentaram redução dos custos (veja quadro). Entre os itens apurados, a maior variação de preços foi encontrada no tomate. O menor preço do quilo do hortaliça foi de R$ 0,99 e o maior, R$ 3,48. A diferença ficou em R$ 2,49 por quilo ou 251,52%. Já os preços da batata variaram de R$ 1,28 a R$ 2,99 o quilo, o que dá uma diferença de 133,59%.
O quilo da carne variou de R$ 8,47 a R$ 13,89. Isso representa uma variação percentual de 63,99% ou R$ 5,42 por quilo. A pesquisa também apurou que desde o início do ano, o preço do açúcar aumentou 53,52%. No entanto, desde agosto a alta verificada é de 36,92%. Segundo o economista Flávio Oliveira dos Santos, coordenador da pesquisa da cesta básica em Londrina da Faculdade Pitágoras, no supermercado com maior preço os alimentos custaram R$ 636,38, enquanto no estabelecimento mais barato o custo foi de R$ 519,61. ''A diferença é de R$ 116,78 ou 22,47%. Portanto, vale a pena realizar pesquisa de preços'', afirma.
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Ele acrescenta que se o consumidor fizese pesquisa de preço o valor da cesta cairia para R$ 419,42 para uma família de quatro pessoas, o que geraria uma economia de R$ 216,96 ou 51,73% entre o supermercado mais caro e o mais barato. Na sua avaliação, os consumidores devem ficar atentos neste final de ano, uma vez que tradicionalmente aumenta o consumo de carne neste período. ''Cabe ao consumidor intensificar o processo de pesquisa de preços, no intuito de combater a alta generalizada dos preços da cesta básica'', salienta.
Curitiba
Já na Capital, os produtos que tiveram os maiores aumentos foram açúcar (9,38%) e tomate (6,37%). No ano, os 13 produtos pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) acumulam uma queda de 5,58% e nos últimos doze meses de -2,17%. Também ficaram mais caros em outubro a carne (2,26%), a batata (1,12%) e o óleo de soja (0,76%). Apresentaram estabilidade os itens arroz, pão e café. Os alimentos que tiveram queda foram leite (-4,90%), manteiga (-3,60%), banana (-1,84%), feijão (-1,59%), farinha de trigo (-1,52%) e café (-1%).
O Dieese calcula que o custo da cesta para uma família curitibana formada por por um casal e duas crianças foi de R$ 649,77 em outubro. Para um trabalhador este custo ficou em R$ 216,59. Hoje, o salário mínimo necessário deveria ser de R$ 2.085,89, segundo levantamento do Dieese para atender as necessidades vitais básicas do trabalhador e de sua família. No mês passado, Curitiba teve a nona cesta mais cara entre 17 capitais pesquisadas e ficou com a sexta maior variação em termos percentuais.