Cinco construtoras foram contratadas pela Caixa Econômica Federal para construir 701 casas em Londrina, cujos interessados poderão ser aqueles inscritos na Companhia de Habitação (Cohab). Mas as construtoras podem financiar as casas, por meio da Caixa, para pessoas que não estejam na fila da Cohab.
Apesar de não haver dinheiro municipal nas obras, o anúncio foi feito nesta manhã no gabinete do prefeito Barbosa Neto (PDT). As unidades são para famílias que ganham de 3 a 5 salários mínimos.
A Rodobens fechou contrato para construir um condomínio fechado com 384 casas na zona norte de Londrina, na saída para o distrito da Warta; as construtoras Bonora & Costa e Almanary ficaram responsáveis por construir 24 apartamentos no Residencial Itamaraty (próximo ao Autódromo), na zona norte, e 96 apartamentos no Solar dos Tucanos (próximo à Rua Bélgica), na zona sul.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Outros 168 apartamentos serão construídos pela MRV na Rua Amapá, quase na esquina com a Avenida Duque de Caxias, região central de Londrina; o último empreendimento será feito pela Terra Nova Engenharia e terá 29 casas.
"A parceria da Cohab é no sentido de permitir que as pessoas que estão na nossa fila possam comprar essas unidades", explicou ao Bonde o presidente da Cohab, João Verçosa. Segundo ele, há 132 mil inscritos na companhia e cerca de 5 mil estão na faixa de mais de 3 salários mínimos.
O superintendente da MRV Engenharia, Marcelo Alves, explicou que o contrato definitivo com a Caixa deve ser assinado em fevereiro, quando os apartamentos começarão a ser construídos. "O que é interessante neste programa é que famílias que ganham até R$ 1,5 mil terão a possibilidade de adquirir um apartamento no centro", avaliou, em entrevista ao Bonde.
O valor máximo dos imóveis que estão sendo construídos em Londrina é de R$ 100 mil. Os compradores têm vários descontos, que provém principalmente de incentivos fiscais.
Apesar de ser um projeto federal, o prefeito Barbosa Neto fez questão de incluir essas 700 unidades na contagem de moradias "viabilizadas" em sua administração. "Já temos 2.500 moradias garantidas em Londrina, o que é bastante em comparação ao que o governo anterior fez em Londrina, que foram 4 a 5 mil moradias em 8 anos, e em comparação ao próprio prefeito de Curitiba, Beto Richa, que fez só 8 mil casas em seis anos de governo", elogiou-se em entrevista à Rádio Paiquerê.