A economia deve encolher 3,3%, este ano, e continuar em queda em 2016, com retração estimada em 2,6%, de acordo com projeções da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Na avaliação da confederação, a queda do Produto Interno Bruto (PIB) vem acompanhada da volta da inflação de dois dígitos este ano (10,5%). No próximo ano, a estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é 6,8%.
A projeção para a queda da indústria é 6,4%, este ano, e 4,5%, em 2016. A estimativa para a queda no consumo das famílias é 3,9%, em 2015, e 3,3%, no próximo ano. A retração dos investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo) deve chegar a 15,5%, este ano, e 12,3%, em 2016.
A CNI também projeta que a taxa de desemprego deve chegar a 8,3% este ano e, em 2016, será maior: 11%. A expectativa da CNI é que a taxa básica de juros, a Selic, permaneça em 14,25% ao ano, em 2016.
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Resultado primário
Para a CNI, apesar dos esforços do governo para conter gastos não obrigatórios, o resultado primário (receitas menos despesas, descontados gastos com juros) do setor público será negativo em R$ 49 bilhões (déficit de 0,8% do PIB), em 2016. Neste ano, a projeção de déficit é maior: 1,8% do PIB.
Na avaliação da CNI, a dívida líquida do setor público deve subir de 64,3% do PIB, este ano, para 70,6% do PIB, em 2016.
Dólar
A projeção para a cotação média do dólar é R$ 3,33, este ano, e R$ 4,20, em 2016. A balança comercial deve fechar este ano superavitária em US$ 18 bilhões. Em 2016, a estimativa para o superávit comercial é US$ 37 bilhões. O déficit em conta-corrente, saldo das compras e vendas de mercadorias e serviços do Brasil com o mundo, deve ficar em US$ 65 bilhões, este ano, e em US$ 39 bilhões, em 2016.