Até o ano passado, a juíza londrinense Thaís Macorin Carramaschi De Martin só investia na caderneta de poupança. Sem muitos conhecimentos de finanças e sem tempo de correr atrás das informações, ela resolveu contratar uma planejadora financeira para ajuda a família a cuidar melhor do dinheiro.
Hoje, a juíza abandonou a poupança e é uma dos mais de 885 mil brasileiros com cadastros ativos no Tesouro Direto. A maior parte dos investimentos dela agora se concentra em títulos do governo federal. "Já deu para perceber que a diferença da rentabilidade entre o Tesouro e a poupança é gritante", afirma.
Thaís ainda investe algum dinheiro em fundos, mas encontrou nos títulos públicos a rentabilidade e a segurança que deseja. "Não vou investir em Bolsa porque não tenho perfil para isso. Meu perfil é conservador. Não quero correr risco e gosto de ter liquidez", justifica.
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Planejadora financeira do Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais Financeiros (IBCPF), Juliana Sitta Queiroz calculou para a reportagem a diferença da rentabilidade entre Tesouro e poupança. Mesmo tendo isenção de Imposto de Renda (IR) ao contrário dos títulos públicos, a caderneta de poupança hoje se mostra menos atraente. Se deixar R$ 10 mil no Tesouro Selic, o mais conservador dos títulos, a pessoa terá R$ 12.335 ao final de 24 meses, já descontando o IR. Na poupança, seriam apenas R$ 11.669, diferença de R$ 666 a favor do Tesouro Direto.
"As pessoas ficam muito apegadas à poupança porque acham que só ela é segura. Mas hoje a poupança perde para a inflação", avisa. A rentabilidade da aplicação é TR mais 6%. "Deixar dinheiro na poupança é perder dinheiro."
De acordo com Juliana, os títulos públicos são uma excelente opção. "O risco é mínimo. É o menor do mercado", afirma. Ela ressalta que, ao contrário dos títulos privados, os públicos oferecem a mesma rentabilidade para todo tipo de investidor. "Nos privados, para conseguir as melhores taxas têm de aplicar valores mais altos."
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