As vendas no varejo de Londrina em janeiro de 2016 apresentaram queda de 20,32% em comparação com o resultado obtido no mesmo mês em 2015. A retração do comércio foi apontada em pesquisa divulgada nesta quarta-feira (9) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Paraná (Fecomércio-PR). Em todo o estado, o recuo médio foi de 16,27% na comparação entre os dois períodos.
O setor que apresentou maior índice de queda foi autopeças (-30,71%), seguido por móveis, decoração e utilidades domésticas (-29,33%) e óticas, cine, foto e som (-25,84%). Nenhum grupo pesquisado apresentou saldo positivo, mas os segmentos menos afetados foram farmácias (-0,63%), materiais de construção (-1,49%) e vestuário e tecidos (-2,19%).
Na comparação entre janeiro de 2016 e dezembro de 2015, a queda do comércio londrinense foi de 8,78%, com pior desempenho para calçados (-66,38%), vestuário e tecidos (-66,32%) e autopeças (-42,66%). Em todo o estado, o recuo foi de 19,21%.
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Demais regiões
A safra de soja e milho alavancou o comércio na região Oeste, que foi a única a apresentar faturamento positivo em janeiro, com elevação de 1,26% na comparação ante mesmo mês em 2015. Além da agricultura, as promoções elevaram a receita do comércio de roupas e tecidos (29,89%), materiais de construção (27,22%), óticas, cine-foto-som (16,83%) e calçados (14,16%).
As demais regiões tiveram queda nas vendas: Curitiba e Região Metropolitana (-20,23%), Litoral (-16,75%), Sudoeste (-10,48%), Maringá (-9,79%) e Ponta Grossa (-7,78%).
Paraná
No levantamento que considera o comércio paranaense como um todo, os únicos setores que tiveram alta no faturamento foram o de vestuário e tecidos (3,24%) e materiais de construção (1,76%). As quedas mais expressivas ocorreram no ramo de móveis, decorações e utilidades domésticas (-30,81%), concessionárias de veículos (-29,92%), lojas de departamentos (-28,64%), autopeças (-26,98%) e combustíveis (-20,58%).
Ainda segundo dados da Fecomércio-PR, o número de funcionários do varejo caiu 6,75% em janeiro ante o mesmo mês de 2015. Além das demissões, a folha de pagamento encurtou 7,66%.