A pressão dos fatores macroeconômicos fez com que as vendas do varejo, em julho, registrassem o segundo pior resultado desde janeiro de 2012. O crescimento de 0,82% no período, só é maior do que a variação observada em junho deste ano, que registrou aumento de 0,67%, ambos comparados com o mesmo período do ano passado.
O resultado foi gerado pela pesquisa mensal de indicadores do SPC Brasil e da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), divulgados na última quarta-feira (7). Ainda segundo o levantamento, o índice de inadimplência também apresentou desaceleração pelo quarto mês consecutivo e registrou a primeira queda do ano, de 1,94%.
"A inflação acima da meta estabelecida pelo governo e a alta dos juros fez com que as famílias consumissem menos, mas de maneira mais consciente. Fato que faz com que observemos um momento de retração do comércio e de queda da inadimplência", analisa o gestor presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Curitiba, André Luiz Pellizzaro.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
Ainda de acordo com Pellizzaro, o consumo não tem contado com a ajuda dos fatores macroeconômicos como no passado, a exemplo da grande oferta de crédito. Contudo, a manutenção do emprego ainda vem segurando, mesmo que de forma tímida o consumo. "Neste primeiro semestre, comparado ao mesmo período de 2012, o varejo apresentou um crescimento de 5,51% o que é baixo, muito próximo de nossa estimativa de 5% para o ano, mas ainda assim tem um desempenho melhor do que o PIB", enfatizou.