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É justo?

Concessionárias de pedágio cobram por eixo suspenso

Rosiane Correia de Freitas/Equipe Folha
27 set 2009 às 09:05

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Ca­mi­nho­nei­ros que não ti­ve­rem di­nhei­ro po­de­rão pa­gar o va­lor to­tal na via­gem de vol­ta - AEN
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Desde a última sexta-feira as 27 praças de pedágio do Anel de Integração do Paraná estão cobrando pedágio integral de caminhões vazios com eixo suspenso. Segundo a direção estadual da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), a cobrança está prevista no contrato de concessão e não era feita desde o início da operação do pedágio no Estado em 1998 por conta de um acordo verbal com o governo.

A cobrança foi retomada, diz a ABCR, por uma questão de isonomia, já que caminhões que transitavam com o sistema Via Fácil - que permite o pagamento do pedágio sem que o veículo tenha que parar nas praças - não usufruíam do pagamento diferenciado. A Associação também diz que a isenção provocava transtornos nas cabines de cobrança uma vez que os funcionários tinham que se certificar de que o caminhão estava mesmo vazio.

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Com a decisão de cobrar mesmo por eixos suspensos, os caminhões que transitarem pelas rodovias do Estado terão que pagar pelo número total de eixos, mesmo que estajam vazios.

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A ABCR informou que os caminhoneiros que forem pegos de surpresa pela cobrança e não tiverem dinheiro para pagar o valor integral poderão fazer a quitação do valor na viagem de volta. A entidade destaca, no entanto, que alertou os sindicatos de transportes do Estado para a mudança.


Segundo o presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Carga no Paraná (Setcepar), Fernando Klein Nunes, nenhuma comunicação oficial foi feita sobre a cobrança. ''Não acho que seja justa nem correta essa cobrança, mesmo que seja previsto em contrato'', reclamou. ''O pagamento por eixo suspenso é injusto porque o caminhoneiro paga por algo que não está usando, que não impacta sobre a rodovia'', avaliou.

Para Nunes, muita gente deve ser pega de surpresa pela cobrança. ''Não acho que a questão do Via Fácil e do percentual pequeno de caminhões que transitam com eixo suspenso justifique a cobrança'', disse. Na semana que vem o sindicato deve analisar se são possíveis medidas judiciais contra a mudança.


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