Pela segunda vez consecutiva, o Índice de Confiança da Indústria (ICI), medido pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getulio Vargas (FGV) apresentou queda, ao passar de 112,8 pontos, em janeiro, para 112,5 pontos, em fevereiro. É o menor patamar desde novembro de 2009 (109,6 pontos). Na média trimestral, no entanto, o ICI ficou estável nos últimos seis meses, com 113,5 pontos.
A pesquisa Sondagem da Indústria de Transformação foi feita com 1.128 empresas. O levantamento mostra que os empresários estão mais céticos quanto às chances de conseguir melhores resultados no curto prazo. Nas consultas sobre as previsões para os próximos seis meses, o resultado atingiu 134,6 pontos, o menor nível desde agosto do ano passado (131,6 pontos). Para 39,7% dos entrevistados, haverá aumento da produção, ante 43,7%, em janeiro. Ao mesmo tempo, aumentou a parcela daqueles que preveem uma queda, de 4,9% para 5,1%.
Um dos subíndices que compõem o ICI, o Índice da Situação Atual apresentou o mesmo resultado de janeiro (112,1 pontos), a menor marca desde dezembro de 2009 (111,9 pontos). Já o Índice de Expectativas (IE) caiu de 113,6 para 112,8 pontos. A parcela de empresários que avaliam haver excesso de estoques passou de 6,3% para 5,7% e cresceu de 4% para 4,5% o total que considera os estoques insuficientes.
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O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (Nuci) ficou em 84,5%, ligeiramente abaixo do registrado, em janeiro (84,7%). De acordo com a análise técnica do Ibre, o Nuci tem ficado estável.