A confiança do consumidor recuou na passagem de abril para maio, revelou nesta sexta-feira (25), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) ao divulgar o Índice de Confiança do Consumidor (ICC), que mostrou uma queda de 1,2% no período, após a forte alta de 4,9% em abril na comparação com o mês anterior, na série com ajuste sazonal.
Com o resultado, o desempenho do indicador, que é calculado dentro de uma escala de pontuação de até 200 pontos (sendo que, quanto mais próximo de 200, maior o nível de confiança do consumidor), passou de 128,7 pontos no mês passado para 127,1 pontos neste mês.
O ICC é dividido em dois indicadores. Houve piora tanto nas avaliações sobre o momento atual quanto nas expectativas em relação aos próximos meses. O Índice de Situação Atual (ISA) caiu 1,8%, ao passar de 148,1 pontos em abril para 145,5 pontos em maio. Já o Índice de Expectativas (IE) recuou 1,1%, ao passar de 118,3 pontos para 117,0 pontos, no mesmo período.
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O levantamento abrange amostra de mais de 2 mil domicílios, em sete capitais, com entrevistas entre os dias 2 e 22 de maio. Às 11 horas, a FGV concede coletiva de imprensa sobre o indicador.
Economia local
O consumidor brasileiro ficou também menos confiante com a situação da economia na passagem de abril para maio. O indicador que mede a satisfação com a situação econômica local no momento presente parte do cálculo do ICC teve uma queda de 2,6% em maio, em relação ao mês anterior, após ter registrado três altas consecutivas. O item foi o que mais contribuiu para a queda de 1,2% no ICC no período.
Na passagem de abril para maio, a fatia de consumidores que avaliaram a situação da economia local como boa diminuiu de 34,0% para 31,5%. Por outro lado, o montante de entrevistados que julgaram situação econômica atual como ruim aumentou de 14,2% em abril para 14,8% em maio.
A expectativa em relação à situação econômica local para os próximos seis meses também piorou. O indicador teve queda de 1,5%, ao passar de 126,3 pontos em abril para 124,4 pontos em maio. A parcela de consumidores que projeta um ambiente econômico melhor nos meses seguintes foi reduzida de 37,5% em abril para 36,5% em maio, enquanto o número de pessoas que previram uma piora aumentou de 11,2% para 12,1% no período.