Os empresários industriais estão mais otimistas do que antes da crise econômica, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI). De acordo com a entidade, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), que ficou em 58,2 pontos em julho, passou para 65,9 pontos em outubro. Esse patamar é considerado acima dos níveis pré-crise, segundo a confederação, e é o melhor resultado desde janeiro de 2005 (66,2 pontos).
A alta é de 7,7 pontos ante o dado anterior, de julho, e de 18,5 pontos em relação ao de janeiro deste ano, quando foi registrado o pior resultado desde o início da crise. De acordo com o documento divulgado nesta segunda (26) pela CNI, "o resultado indica a consolidação do processo de crescimento e a possível retomada dos investimentos".
O índice é elaborado pela CNI com o apoio das federações de indústrias de 22 estados e é apurado com base em pesquisa que avalia o posicionamento dos empresários e as expectativas para os próximos seis meses em relação à economia brasileira e à própria empresa.
Leia mais:
Um terço das famílias brasileiras sobreviveu com renda de até R$ 500 por mês em 2021, mostra FGV
Taxa de desemprego no Brasil cai para 9,8%, segundo IBGE
Termina nesta terça o prazo para entrega da declaração do Imposto de Renda
Número de inadimplentes de Londrina cai 14% em abril, segundo dados do SPC
De acordo com o documento, o Icei subiu principalmente devido ao componente que avalia as condições atuais da economia brasileira e da empresa em relação aos seis meses anteriores. O indicador passou de 47,2 pontos, em julho, para 60,5 pontos, em outubro, ultrapassando a barreira dos 50 pontos pela primeira vez no ano. Pelos critérios da CNI, valores abaixo de 50 indicam falta de confiança e, acima disso, otimismo.
O Icei mostra ainda que, para os próximos seis meses, a expectativa dos empresários também aumentou, passando de 63,6 pontos, em julho, para 68,7 pontos, em outubro.
Em comparação com os dados do mesmo período do ano passado, o índice teve crescimento maior entre as grandes empresas, uma alta de 8,7 pontos ante o resultado de julho, chegando a 68,1 pontos.
Entre as médias empresas, o indicador ficou em 65,9 pontos, 7,4 pontos a mais do que em julho. Entre as pequenas, o Icei foi de 63,1 pontos, 6,9 pontos acima do patamar de julho.